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sábado, 30 de maio de 2009

Zé Rodrix

Ainda não caiu a ficha. Por isso, demorei alguns dias para escrever alguma coisa sobre ele aqui.
Que dizer de Zé Rodrix? Ele, que era cantor, músico, escritor, compositor, produtor musical, cozinheiro amardor e homem de tantos outros instrumentos? Ele que imortalizou tantas canções dentro e fora do trio Sá, Rodrix e Guarabira?
O Zé Rodrix ultraprodutivo...
O Zé do Joelho de Porco.
O da "Primeira Canção da Estrada".
Eu me lembro dele cantando um tema de novela antiquíssima do horário das dez da Globo, a "Lucia Esparadrapo". E também estourando com "Soy latino-americano". Não cabe num post. Não cabe num blog inteiro.
Zé Rodrix era também publicitário. Incrível, né?
Aí, depois da sua morte (tão prematura), a imprensa divulgou um fato a seu respeito, que eu nem imaginava. Não num país que valoriza tão pouco os empreendimentos culturais, obrigando os artistas a fazer malabarismos para conseguir verbas e patrocínios para seus projetos.
Ao saber que um seu projeto seria montado graças à verba vinda de um órgão público, ele recusou-se a concretizar o projeto e jogou tudo pro alto. Disse: "não é justo que o dinheiro vindo de todos vá bancar a aventura de alguns...", algo por aí. Coragem e honestidade. Para poucos.
Esse era o Zé Rodrix.
O Zé Rodrix do "Zeppelin". Do "Mestre Jonas".
"Ama teu vizinho como a ti mesmo"...
O Zé da "Casa no campo". Tão bonita que dá vontade de transcrever a letra inteirinha aqui, neste espaço. Mas não precisa. É só pesquisar na internet.
O Zé Rodrix dos rocks rurais.
Mas que não teve receio das críticas ao desmistificar a "Casa no Campo", hino de toda uma geração (perdão pelo lugar-comum) e reescreveu-a para um jingle.
O Zé de tantos outros jingles desconhecidos do público.
De tanto mais, de tantos trabalhos, facetas, artes e ofícios. Que nem cabem numa só vida. Mas ele conseguiu.
Imagine se vai caber num blog então... ?
E eu, só queria uma casa no campo. Só isso bastava. Descanse em paz, Zé!