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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mais um brinquedo chegando...

A Sony está anunciando seu novo aparelho de leitura, chamado Daily Edition. Ele tem uma tela touchscreen de 7 polegadas, custará U$399 e chega às lojas em dezembro. Terá também o recurso de internet 3G para baixar os livros (fonte: Jornal da Tecnologia - http://jornaltecnologia.com.br ).
Pois é, a briga está esquentando. E os produtos, melhorando. Dentro de alguns anos, teremos um aparelhinho desses substuindo paredes de estantes repletas de livros...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Palavras Cruzadas

Um dos meus passatempos preferidos são as cruzadinhas, como costuma chamar meu afilhado mineiro (e corintiano) Rodrigo. Pena que o tempo não deixe que eu consuma pelo menos uma revista por semana dessa prazeirosa atividade. Mas descobrir palavras e decifrar outras é um passatempo para horas a fio, de concentração e relaxamento.
Dá até para parafrasear Drummond ("aprendi novas palavras e tornei outras mais belas"...). Aí, não contente com isso, resolvi fazer uma modesta engenharia reversa, criando um glossário próprio e aleatório de algumas palavras que encontrei quando enfrentava a última espera em um consultório médico. As definições são aquelas encontradas na revista, ipsis literis.
Aqui vai a brincadeira, em ordem anarquicabética:

Sarau - antiga festa literária noturna.
Amarugem - gosto amargo deixado na boca por remédio.
Guiné - golfo que banha Gana.
Pontificado - o mais longo foi o de São Pedro.
Botânico - como se destacou o sueco Carl Lineu.
Alentejo - região portuguesa onde nasceu Florbela Espanca, em 08/12/1894.
Guernica - cidade basca que inspirou Picasso (essa é fácil?).
Grua - guindaste usado em filmagens externas.
Taberneiro - aquele que trabalha em tascas.
Porcelana - material originário da China, introduzido no ocidente por Marco Polo.
Cornamusa - gaita de foles.
Latim e Grego - idiomas que originaram a palavra "sociologia".
Oligoqueta - a minhoca, por sua ordem zoológica.
Plasmólise - retração do volume das células vegetais por perda de água.
Saracura - ave desconfiada que habita brejos.

É isso aí. Você, ilustrado leitor, seja sincero: pode ser que conhecesse uma ou outra definição. Agora, todas? Você é um gênio da raça!

sábado, 15 de agosto de 2009

Crunchpad

Se olharmos um notebook de apenas oito ou dez anos atrás, ele irá parecer um dinossauro. Vejam agora a última novidade, de acordo com o site IDGnow:

TechCrunch CrunchPad : O notebook voltado ao acesso à internet parece ser o próximo estágio de evolução no mercado de PCs portáteis. O blog de tecnologia TechCrunch mostrou, em junho, o design final do CrunchPad, um tablet simples que deverá custar cerca de 200 dólares. O protótipo do tablet tem 18mm de espessura e tela de 12 polegadas, é feito de alumínio e usa o chip Atom.

Legal, né? Pois então aguardem mais um pouquinho para comprar o próximo brinquedo...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Minha leitura mais recente

Dia desses, perambulando pelas imediações da escola do meu filho equanto aguardava sua saída das aulas, encontrei num jornaleiro um expositor com os excelentes livros de bolso da gaúcha L&PM. E dei de cara com esse título do John Fante, "1933 foi um ano ruim", que já havia me chamado a atenção outras vezes.
Desta vez, acabei comprando e lendo. Foi minha última leitura antes de voltar das férias.
E foi uma grata surpresa, como diria o Galvão Bueno. Embora ache meio estranho que locutor global se interesse pela obra do Fante. O livro conta, numa linguagem moderna e aparentemente descuidada (a história é contada pelo narrador, Dominic Molise, que tem 17 anos) a história de um rapaz pobre, descendente de imigrantes italianos, no cenário da crise da década de 1930 nos Estados Unidos.
John Fante nasceu em 1909 e foi um autor bastante considerado entre outros escritores conterrâneos. Seu livro mais famoso é "Pergunte ao pó", que pretendo ler em breve, assim que sobrar tempo. O estranho é que esta pequena obra-prima, "1933...", tenha sido recusada por várias editoras e publicada apenas postumamente.

Durante sua turbulenta vida, John Fante amargou recusas de editores e padeceu da falta de reconhecimento pelo seu trabalho, não muito extenso mas que bastou para chamar a atenção de ícones como Charles Bukowski e influenciar a turma da geração beat, como Jack Kerouac. No entanto, teve de ganhar a vida muitas vezes como roteirista de Hollywood, outra ironia do destino.
1933 é um livro sobre a crise econômica e suas consequências nas vidas das pessoas comuns, que não vêem como construir um futuro à margem do sistema. Como o protagonista, cuja única saída para superar a miséria seria tornar-se um jogador de beisebol. Mas como, se não tem um tostão no bolso e todas as portas estão fechadas para ele?
Um romance relativamente curto, com uma história quase banal, mas de uma densidade humana e uma força narrativa que há muito eu não via.
É marcante a maneira como é conduzido o episódio da paixão de Dominic por Dorothy (mesmo nome da garota do mundo de Oz. Uma ironia?), menina rica e irmã do seu melhor amigo.
Mais não adianta dizer. Melhor recomendar a leitura da história de Dominic Molise.
E assim, para quem acompanha meus posts há várias semanas, acabei saltando ironicamente do futebol para o beisebol. Mas volto ao nosso esporte preferido a qualquer momento...

sábado, 8 de agosto de 2009

Homenagem a Eugênio Colonnese

Sempre gostei de quadrinhos, desde criança. Como só temos uma vida (pelo menos de cada vez), muitas vezes temos de abrir mão de certos prazeres pela falta de tempo. Esse foi um dos interesses que acabaram ficando em segundo plano no meu dia-a-dia, infelizmente.
O mundo dos desenhos, ilustrações, cartuns e HQ's, no entanto, nunca saiu completamente da minha vida. Como autor de dezoito livros para crianças e jovens (de todas as idades, como diria o eterno lema da EBAL, clássica editora tupiniquim do mundo das bandas desenhadas), tive a felicidade de ver meus textos ganharem vida no traço de feras como Rogério Borges, Cecília Iwashita, Avelino Guedes, Humberto Guimarães, Semíramis Paterno e outros.
Voltarei a falar deles aqui, em momentos oportunos, com certeza.
Porém, minha primeira experiência com esse produtivo diálogo texto-ilustração ocorreu em 1987, quando a Editora Moderna publicou meu livro de aventuras "A morte do Conde". Geralmente, o autor não determina quem será seu ilustrador (que também é autor, através de outra linguagem). Pode sugerir, mas muitas vezes a parceria não acontece, devido aos mais variados motivos (custos, projeto gráfico, linha editorial, indisponibilidade do artista, etc).
Naquela ocasião, marinheiro de primeira viagem, nem havia conversado com o departamento editorial da Moderna sobre esse assunto. Como não havia internet, também não conheci os esboços ou os desenhos definitivos com tanta antecipação. Eu me lembro de, numa passagem por São Paulo (eu morava em Ribeirão Preto na época), ver a encarnação das minhas personagens já no traço definitivo do Colonnese.E que surpresa! Eu já o conhecia através de outras ilustrações, e do trabalho com as histórias em quadrinhos. Conhecia, por exemplo, a vampira nacional Mirza, mas não a relacionava ao ilustrador, naquele momento. Perdoável, uma vez que nunca tive muita queda por vampiros, sem desmerecer o trabalho marcante e definitivo do mestre Colonnese. Mas ver a ambientação e as personagens de "A morte do Conde" através dos quadros do Colonnese, foi um momento a ser guardado para a posteridade.
Ao dar corpo a este blog, tinha em mente falar (dentre tantos outros assuntos disponíveis) da minha experiência editorial, o que incluía a participação dos ilustradores. Por que não começar logo com o ilustrador do meu primeiro livro publicado?
Só que eu não o conhecia pessoalmente, nunca havia visto uma foto sua sequer, justo ele que era tão conhecido e respeitado por seu traço inconfundível!
Alguém havia me falado que ele era argentino. Mas nada como uma boa pesquisa na web para esclarecer as coisas. Eugenio Colonnese era italiano de nascimento, havia morado na Argentina efetivamente, mas havia adotado o Brasil desde os anos 1960.
E aí vem o lado triste da notícia.
O Brasil perdeu o grande ilustrador em 2008 aos 79 anos.
Este espaço é muito pequeno para falar de Eugenio Colonnese e sua obra, que terá talvez como referência imediata a vampira carnuda e sensual, tão marcante dentro do seu gênero que foi plagiada nos quadrinhos americanos (Vampirella). Fica aqui, no entanto, esta pequena e pobre homenagem ao artista.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Frase do dia

A teimosia é filha mimada da ignorância.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Livraria Tavares, um triste adeus

Em todas as minhas férias, na passagem por Passos (MG), a livraria Tavares era uma parada obrigatória. Instalada num pequeno prédio ao lado da bela catedral da cidade, dividia seu espaço entre livros e confecções, o que já dá uma idéia da dificuldade que é manter uma livraria, puramente livraria, numa típica cidade brasileira.
As estantes não eram muitas mas, junto com duas gôndolas, exibiam exemplares atualizados e opções atraentes. Mesmo assim, parece não ter sido suficiente para que continuasse em atividade. Da penúltima vez em que lá estive, alguns cartazes na vitrine anunciavam a queima do estoque para encerramento das atividades.
Uma pena que uma cidade de pouco mais de cem mil habitantes situada num polo econômico importante do país, em um estado com tradição cultural e literária, não possua um público leitor que possa sustentar uma pequena livraria. É uma triste constatação.
A profissão de livreiro é cada vez mais uma atividade ingrata no país. Pelo menos, no que concerne ao ramo das pequenas lojas do interior.
Quase posso me lembrar de cada um dos títulos adquiridos ao longo das minhas idas e vindas entre uma viagem e outra. Dentre eles, "Canoas e Marolas" (João Gilberto Noll), "Sétimo Céu" (Alice Hoffman), "Terapia" (Ariel Dorfmann), "O Assassinato de Bebê Martê" (Elvira Vigna), "O Condenado" (Graham Greene), "Nas Arquibancadas" (John Grisham), "Como a Starbucks salvou minha vida" (Michael Gates Gill), dentre outros. Sobre os mais diversos temas, mas principalmente literatura.
Imagino que a maioria das pessoas que circulem pela praça da Matriz deva passar indiferente diante das portas hoje fechadas, e das vitrines definitivamente cobertas por portas corrediças. Não têm idéia do que perderam.
Uma triste realidade.
Mas, como diria alguém, uma livraria que fecha é uma luz que se extingue na cidade. Espero que pelo menos não deixem fechar também a biblioteca, que funciona em outra praça não muito longe dali.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O caso do colar de diamantes

A mulher acorda o marido no meio da noite e diz, emocionada:
- “Querido, sonhei que você estava me dando um colar de brilhantes!
"O que será que esse sonho quer dizer?”
E ele responde:
- “Você vai saber no seu aniversário...”
O aniversário chega, o marido entra em casa com uma caixa retangular, maravilhosamente decorada.
A mulher se agarra ao pacote, rasga o papel, abre a caixa e dentro encontra um livro: “O Significado dos Sonhos”.

domingo, 2 de agosto de 2009

Arroz com suã II - o retorno

Conforme o prometido, eis mais uma imagem, documentando o clássico e histórico arroz com suã da família Silveira, em Passos (MG). Desta vez, vemos a autora da iguaria, Cristina (que não cobrou nada da Coca-Cola pela propaganda), junto com a matriarca da família, a vovó Lourdes.