tag:blogger.com,1999:blog-89163471536188467142024-02-20T14:29:12.474-08:00Blog das multidões - o originalUm ponto de encontro para quem quer discutir literatura, informática, política, esportes, e outros babados mais...Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.comBlogger62125tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-80301686823725837442019-10-13T08:15:00.000-07:002019-10-13T08:15:00.206-07:00Um Hemingway sem unanimidade<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGEdrv16FoKIo54iulIHf0P_ZMb4DhE7H-oTrkhjpcgEaO7J4bbTi2ex6SiHFZPdFhfoQsz_rV2GdoIf1vfnWabW3SvD0bDBY3nYG5flNGoh-QClR8wUj-UVCLPBoDSFJNa-hzDP5ZR9Q/s1600/Do+outro+lado+do+rio+01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1047" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGEdrv16FoKIo54iulIHf0P_ZMb4DhE7H-oTrkhjpcgEaO7J4bbTi2ex6SiHFZPdFhfoQsz_rV2GdoIf1vfnWabW3SvD0bDBY3nYG5flNGoh-QClR8wUj-UVCLPBoDSFJNa-hzDP5ZR9Q/s320/Do+outro+lado+do+rio+01.jpg" width="209" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_IVpn4BW_nZnV7Eusltj7WzlGSumCGtt1Cj4ndrfNqxLE24zKL2V-ZDe8rJg8Ov5FZ_7_ExziG8obaQJmf9GZuNM28SDbwpvhyphenhyphenyBy292z7_W9Y1xqx3K5pRV4-B5p4nQG9vc9qd9hn7o/s1600/Do+outro+lado+do+rio+02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="275" data-original-width="183" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_IVpn4BW_nZnV7Eusltj7WzlGSumCGtt1Cj4ndrfNqxLE24zKL2V-ZDe8rJg8Ov5FZ_7_ExziG8obaQJmf9GZuNM28SDbwpvhyphenhyphenyBy292z7_W9Y1xqx3K5pRV4-B5p4nQG9vc9qd9hn7o/s320/Do+outro+lado+do+rio+02.jpg" width="212" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Dentro da </span><span style="font-family: Cambria, serif; font-size: 16px; text-indent: 47.2px;">obra</span><span style="font-family: Cambria, serif; font-size: 16px; text-indent: 47.2px;"> </span><span style="font-family: Cambria, serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">relativamente vasta de Ernest Heminway, “</span><i style="font-family: Cambria, serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Do outro lado do rio, entre as árvores</i><span style="font-family: Cambria, serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">”, publicado em 1950 é, quase
um caso à parte, um divisor de águas. Só não podemos chama-lo assim
definitivamente, porque sua última obra-prima, “O velho e o mar”, lhe sucede em
dois anos.</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em muitos
artigos e ensaios a respeito do escritor, esse livro <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sequer é lembrado. A preferência da crítica e
dos leitores sempre recai sobre “Por quem os sinos dobram”, “Adeus às armas”,
“O sol também se levanta”, além da já citada novela a respeito do pescador
Santiago. Desses, um ou outro sempre é mencionado em abordagens a respeito de
técnicas narrativas, estilo e outros aspectos literários, o que já demonstra
sua importância no cânone do século vinte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por duas
oportunidades eu havia começado a ler “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Do
outro lado do rio</i>...” (“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Across the
river and into the trees</i>”), sem, no entanto, passar dos primeiros capítulos.
Seus principais assuntos são a guerra, o amor, a velhice, a memória e a morte.
Agora, acabo de concluir a leitura da longa epopeia do coronel Richard Cantwell
em sua volta a Veneza para uma caçada de patos selvagens. O romance avança no
ritmo das digressões e lembranças do veterano militar americano, cuja principal
herança são suas aventuras nas principais guerras de seu tempo. Essas
lembranças ocupam a quase totalidade dos capítulos. De início, ficamos sabendo
que ele está de volta a Veneza para uma caçada, e que tem sérios problemas
cardíacos, além de incômodas sequelas e cicatrizes que carrega de uma guerra
para outra. É essa toda a bagagem que ele traz até ali, onde, dias antes da caçada,
reencontra Renata, seu jovem amor italiano de dezenove anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">De onde
está, em meio à caçada, logo nos primeiros capítulos, ele inicia volta de
alguns dias no passado, quando, após chegar a Veneza, convive com alguns
amigos, faz passeios, entorna um variado cardápio de bebidas (como boa parte das
personagens de Hemingway) e reencontra a amante. Ou seja, o romance traz dois movimentos
em direção ao passado, característica de quem está olhando para a vida sob a
perspectiva da aproximação do fim. E então, ao longo de 38 capítulos, ele vagueia
por Veneza entre hotéis e bares e, na convivência com Renata, relembra inúmeras
passagens das guerras de que participou, entre comentários a respeito de fatos
das batalhas, da história dos Estados Unidos (como a campanha do General Custer,
por exemplo), julgamentos pessoais a respeito de líderes militares que conheceu,
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>referências ianques específicas e diálogos
banais com a namorada. Isso tudo torna o livro uma viagem um tanto arrastada e,
muitas vezes repetitiva. Mas vai compondo um lento painel de sua vida e sua personalidade.
Chega a ser estranho para os leitores dos nossos dias, que uma jovem de dezenove
anos, cheia de vivacidade, se disponha a passar infinitas horas ouvindo relatos
de guerra, estratégias e táticas militares. Soa um tanto forçado. E, mesmo se
não fosse, ficamos imaginando qual o leitor ideal desse livro. Talvez o
americano ou o italiano dos anos 1950´s, que acabou de vivenciar as angústias e
perdas de uma guerra mundial e viu o mundo quase devastado pela temerária
aventura nazista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">À parte
isso, o coronel Cantwell é uma personagem bem construída, com seus conflitos,
sua decadência e a consciência da morte que se aproxima. Impossível não vislumbrar
um paralelo com a biografia do autor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O livro parece
um tanto longo e, em alguns momentos, falta conteúdo e ligação entre os
principais assuntos da obra (a morte, o amor, a coragem, a vida na guerra...).
E é um Hemingway. Por isso, ficamos num dilema para decidir se afinal, podemos
colocá-lo ao lado da célebre tetralogia acima mencionada. Já li comentários
apaixonados a respeito dessa obra. Há quem o coloque como livro de cabeceira, há
um contingente de leitores fiéis e apaixonados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Na ocasião
do seu lançamento, o romance ficou três semanas encabeçando a lista dos mais vendidos
do “The New York Times”, o que já diz algo a respeito do seu potencial. O grande
apelo da obra é sugerido em quadros que ficaram em um passado já distante. Quase
sempre eventos de guerra. O velho e decadente coronel, carregando sequelas e
cicatrizes das aventuras, não teria muito o que falar a respeito de outros
assuntos. Mas também fala de amor e afeto, muitas vezes de uma maneira rude e
muito pessoal, com a sua namorada italiana. Que é jovem, bonita e igualmente
apaixonada. Sabemos também da impossibilidade desse amor. Da proximidade da morte,
que os irá separar. E o livro é um longo adeus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Será mais um
livro de memórias disfarçado? Muito provavelmente. No final da década de 1940,
há episódios na biografia do velho escritor que se assemelham a fatos narrados
no livro. Um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">affair</i> marcante em
Veneza, e a figura, já cinquentona, de um aventureiro com um passado de
aventuras militares e caçadas, dentre outras: o próprio Hemingway. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Enfim, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Do outro lado do rio</i>...” é uma obra para
ser lida como uma extensa conversa com um velho amigo em uma mesa de bar. Aí,
sim, ela funciona, e deixa entrever o estilo conciso, de frases seguras, imagens
despojadas e diálogos espirituosos, que sempre marcou as memoráveis páginas do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Papa </i>Hemingway. Não é um livro
arrebatador como “O velho e o mar” e os outros três que encabeçam a sua
bibliografia. É para ser lido com calma, generosidade e disposição de caçador.
Aí se poderá descobrir o sentido das esmeraldas que, em determinado momento do
romance, o Coronel recebe de Renata, tornando-se um inesperado guardião daquelas
joias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">De qualquer
modo o livro sempre estará longe de ser uma unanimidade. O peruano Vargas Llosa,
ganhador do prêmio Nobel de literatura, por exemplo, o considera “uma grande bobagem
de Hemingway”. Entre o amor e o ódio, neste caso só não há lugar para a
indiferença.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-44616166219981966402017-09-19T17:32:00.000-07:002017-09-22T16:08:44.761-07:00FAIR PLAY - 2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNsig_SqC9MiANy_nXS1SWhsS03cX8T2IVaAxCoeXT-Cz__ZPYUoW07egOYl7jdu8ju8hbfRRkvK_Jsqlqu4XnuTGRmw4OwbpJSN2cB9CdAcec_6uKV4fByd9zMkuUQs5dGxpLdSen7JE/s1600/brasil+alemanha.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="358" data-original-width="802" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNsig_SqC9MiANy_nXS1SWhsS03cX8T2IVaAxCoeXT-Cz__ZPYUoW07egOYl7jdu8ju8hbfRRkvK_Jsqlqu4XnuTGRmw4OwbpJSN2cB9CdAcec_6uKV4fByd9zMkuUQs5dGxpLdSen7JE/s640/brasil+alemanha.PNG" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Chega afinal o grande dia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquele que pode ser o da esperada vingança.</div>
<div style="text-align: justify;">
Devolver o 7 x 1 será improvável.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas um humilde 1 x 0 já vai dar para desengasgar qualquer garganta verde-e-amarela.</div>
<div style="text-align: justify;">
Final da Copa.</div>
<div style="text-align: justify;">
O dia da revanche.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Brasil vem muito bem, com pinta de favorito.</div>
<div style="text-align: justify;">
Venceu todos os jogos com pelo menos dois gols de diferença.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os rivais vêm aos trancos, ainda que sem barrancos.</div>
<div style="text-align: justify;">
França e Argentina, dois dos papões, haviam ficado nas semifinais.</div>
<div style="text-align: justify;">
Portugal, Bélgica, Espanha e outros candidatos, pouco antes, nas quartas.</div>
<div style="text-align: justify;">
O jogo é nervoso. O Brasil domina a partida, tem a posse de bola...</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a Alemanha é cirúrgica. Em dois contra-ataques, duas bolas na rede.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Brasil começa a se perturbar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os Europeus atravessam o segundo tempo todo segurando um placar de 2 x 1 a seu favor.</div>
<div style="text-align: justify;">
Jogam com tática, disciplina, preparo físico e bom futebol.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Brasil desce sempre com perigo. O cheiro do empate está no ar. É questão de tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Bola de pé em pé entre os craques amarelinhos, e acaba sempre nas mãos milagrosas de Neuer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ou na trave.</div>
<div style="text-align: justify;">
Está para acontecer uma grande injustiça. A melhor equipe não vai vencer a Copa, mais uma vez. E lá se vai a vingança...</div>
<div style="text-align: justify;">
Tite olha para o banco, desesperado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Gabriel Jesus está mal no jogo e precisa ser substituído. Depois de uma Copa brilhante, o garoto se cansou. Não aguenta sequer andar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Roberto Firmino está suspenso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda bem que ele havia trazido um terceiro centroavante. Contra toda a lógica.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele só tem mais uma substituição.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por que mesmo havia trazido aquele atacante alto do Corínthians? Ah, porque havia sido o maior artilheiro do ano. Estava voando baixo.</div>
<div style="text-align: justify;">
E costumava dar muita sorte nos momentos mais improváveis.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tite respira fundo, fecha os olhos e chama o auxiliar:</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Põe o Jô para aquecer.</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Mas professor...</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Não tem nada de mais nem meio mais... Eu estou mandando. É ele quem vai entrar.</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Mas professor...</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
Não adianta discutir. O professor está tenso. Como nunca se viu antes. O Brasil não pode perder outra Copa. Não para a Alemanha.</div>
<div style="text-align: justify;">
É muita humilhação.</div>
<div style="text-align: justify;">
Trinta minutos do segundo tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Gabriel e Jô se abraçam na beirada do campo.</div>
<div style="text-align: justify;">
A torcida toda, numa corrente pra frente, se enche de esperança. Perdido por perdido, quem sabe aquele centroavante polêmico... bem, só Deus sabe.</div>
<div style="text-align: justify;">
Trinta e cinco minutos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Jô ainda não pegou na bola.</div>
<div style="text-align: justify;">
Neymar e Philipe Coutinho começam a tentar chutões da intermediária.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nada dá certo para o Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
Paulinho e Daniel Alves apelam para o chuveirinho na área alemã. Mas do outro lado aquele exército disciplinado afasta todas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Maldito Neuer, que não dá nem rebote.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quarenta minutos. Quarenta e dois.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pela esquerda, Marcelo dribla dois germânicos e alça a bola para a área.</div>
<div style="text-align: justify;">
Jô se livra de outros tantos zagueiros gradalhões e vê a bola à sua frente. É agora ou nunca.</div>
<div style="text-align: justify;">
Neuer corre atabalhoado para fechar o ângulo.</div>
<div style="text-align: justify;">
A bola quica à frente de Jô e quase lhe escapa do controle.</div>
<div style="text-align: justify;">
É ele e a bola. A bola e o gol. A bola, o goleiro e o gol.</div>
<div style="text-align: justify;">
O zagueiro vem inesperadamente por trás e consegue dividir.</div>
<div style="text-align: justify;">
A bola sobe, dançando com o efeito, bate no braço do atacante brasileiro e tira da jogada ao mesmo tempo o goleiro e o defensor.</div>
<div style="text-align: justify;">
É Jô e a bola. É Jô e o gol.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele está acostumado, tem faro de artilheiro. Aquela é a sua praia, ele sabe o que fazer. Sua reação é rápida. </div>
<div style="text-align: justify;">
O chute é certeiro, como tantos outros.</div>
<div style="text-align: justify;">
A bola estufa as redes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fazendo justiça, finalmente. O Brasil ganha o direito à prorrogação e agora vai virar em cima dos amedrontados alemães.</div>
<div style="text-align: justify;">
O árbitro oriental começa a correr para o centro do campo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não.</div>
<div style="text-align: justify;">
Jô chama o juiz coreano.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aponta para o braço. Faz sinal de negativo. Ninguém ainda entende nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Agora sim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Acostumado às constantes discussões sobre <i>fair play</i> em sua pátria, ele sabe o que fazer nesses momentos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele quer dizer que a bola bateu em seu braço, que o gol não vale.</div>
<div style="text-align: justify;">
A torcida presente ao estádio não se conforma.</div>
<div style="text-align: justify;">
Começa a xingar o próprio centroavante.</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Traidor! Miserável! Vendido!</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Desgraçado!</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Vai ver quando voltar ao Brasil...</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Vai ser recebido com pedradas! Corrupto!</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
O juiz volta atrás e anula o gol, para delírio dos adversários.</div>
<div style="text-align: justify;">
Jô sorri, feliz, com a consciência tranquila. Redimido, afinal.</div>
<div style="text-align: justify;">
O árbitro apita. Os alemães se abraçam, felizes. Pentacampeões. Dão a volta olímpica.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por todos os rincões do Brasil, jornalistas e torcedores se unem em um único e inconformado coro:</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Caceta, Jô!! Isso era hora para fair play, seu p*** !!</i>"</div>
<br />
<br />Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-68653054207087258892017-09-19T16:36:00.000-07:002017-09-22T16:09:23.075-07:00FAIR PLAY<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs4rvSZzvhcl6VTnZtPWEEHzG9NbfmkL12c79T3qftrSkB-6tbqgXAFX5tl7kFoQmnI6P4hg7204ou71Z8RGcYOr00rGkWxk5ixwx1yE6OlDhD_gG-rs3UoMAsCOTEmwXGAsvzDLFlQwk/s1600/brasil+argentina+01.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="381" data-original-width="577" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs4rvSZzvhcl6VTnZtPWEEHzG9NbfmkL12c79T3qftrSkB-6tbqgXAFX5tl7kFoQmnI6P4hg7204ou71Z8RGcYOr00rGkWxk5ixwx1yE6OlDhD_gG-rs3UoMAsCOTEmwXGAsvzDLFlQwk/s1600/brasil+argentina+01.PNG" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Final de Copa do Mundo. Brasil x Argentina, pela primeira vez na história.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estádio lotado. Arquibancadas fervendo de tensão.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Brasil vence por <b>um a zero</b> ao final do segundo tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
O relógio está quase parando. O tempo escorre a passo de tartaruga.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Brasil vence. Mas quem domina o jogo é o rival.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vem para cima dos canarinhos como um rolo compressor. Bolas na trave. O goleiro tupiniquim faz um milagre atrás do outro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tensão. Desde o início do segundo tempo, o Brasil leva um sufoco histórico, encurralado em seu próprio campo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quarenta e um minutos da etapa final, e o zagueiro brasileiro derruba o principal atacante platino dentro da sua área.</div>
<div style="text-align: justify;">
O juiz, convicto, manda seguir o jogo. Não apita a penalidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
O zagueiro, no entanto, chama o árbitro e confessa que realmente derrubou o adversário.</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Foi pênalti, sim. Pode marcar</i>", garante ele. E a torcida amarelinha presente no estádio aplaude o <i>fair play</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
Bola na marca da cal. O dez argentino bate com categoria, sem chances para o arqueiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Um a um.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Recomeça o jogo, com os brasileiros desorientados.</div>
<div style="text-align: justify;">
A vitória histórica parece haver escapado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na prorrogação, os brasileiros serão engolidos pelos argentinos, que vêm jogando muito melhor. Até o líder do time está assustado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quarenta e seis minutos do segundo tempo. Começam os chutões em direção à área adversária. Sem nenhum objetivo, sem nenhuma tática.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quarenta e sete.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os rivais tocam a bola, tranquilos, aguardando a prorrogação.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quarenta e oito minutos. Última volta do ponteiro, como diziam os antigos narradores do rádio.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Brasil não tem mais pernas, comentam todos. Não tem mais jeito. Chuveirinho desesperado na área argentina.</div>
<div style="text-align: justify;">
Último ataque brasileiro. Na verdade, um contra-ataque. De-ses-pe-ra-do. Bola na área da Argentina.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela sobe, sobe muito alto, faz uma curva caprichosa e vai caindo, traiçoeira, fora do alcance do goleiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
O centroavante auriverde invade a área, ganha do zagueiro na corrida, reúne todas as suas forças e se joga de encontro à bola.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quase em cima da linha do gol, a bola bate em seu braço e entra.</div>
<div style="text-align: justify;">
Gol do Brasil. Os argentinos reclamam, inconformados. Foi gol de mão!</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o árbitro, soberano nas decisões, aponta o centro do campo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Dois a um</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não há tempo para mais nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
O juiz apita o final da partida.</div>
<div style="text-align: justify;">
Brasil campeão do mundo. Em cima da Argentina.</div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, há algo errado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nas arquibancadas, ninguém comemora.</div>
<div style="text-align: justify;">
O argentinos, porque perderam a Copa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os brasileiros, porque venceram com um gol de mão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em todo o país, as emissoras se calam. Jornalistas em silêncio, constrangidos pela falta de <i>fair play</i> do atacante brasileiro. Locutores, apresentadores, comentaristas, narradores, analistas, ex-jogadores, todos estão envergonhados. Ninguém sabe o que dizer.</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Onde já se viu? Que absurdo! Que falta de honestidade!</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>É um verdadeiro bandido! Um marginal! Um corrupto!</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Ladrão! Uma desonra para a pátria!</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Que vergonha! O que o mundo vai pensar de nós?</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
A equipe brasileira se retira para os vestiários cabisbaixa, sem comemorar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Apenas o zagueiro brasileiro que pediu o pênalti será recebido no país como herói da nação.</div>
<div style="text-align: justify;">
O país até se esquece que acabou de se sagrar hexacampeão do mundo, justo em cima da Argentina.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um torcedor anônimo sai às ruas em uma capital do sul, gritando: "<i>Ganhar roubado da Argentina é muito melhor!</i>".</div>
<div style="text-align: justify;">
Quase é linchado. Se a polícia não tivesse chegado a tempo...</div>
<div style="text-align: justify;">
No Palácio do Planalto, o presidente brasileiro se prepara para pedir desculpas ao seu colega platino.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sua voz até falha ao repassar mais uma vez o discurso.</div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Como é que isso podia ter acontecido? É inadmissível!</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
Justo num país que sempre foi tão rigoroso com a ética! Com o <i>fair play</i>...!</div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda bem que não somos daquelas nações que sacrificam criminosos em praça pública.</div>
<div style="text-align: justify;">
Caso contrário... aquele maldito centroavante verde-e-amarelo não viveria para contar a história.</div>
Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-71723793205046275352015-11-03T10:41:00.000-08:002015-11-03T10:41:13.712-08:00Robin Williams eterno<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVy-NXYthiT9NiNiBPxgv1Lmo19k_Mx7lvSbICY50ZwxZjKgTXZULI0mor0d4qDmeuUtBc9mIjALQGdOEkxhbWptTOBni3v6hZpk4iNKFEQ0_7om7rh2ZLLgF2iLdh4ChHUKQzyytBIhc/s1600/soc_poetas_mortos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVy-NXYthiT9NiNiBPxgv1Lmo19k_Mx7lvSbICY50ZwxZjKgTXZULI0mor0d4qDmeuUtBc9mIjALQGdOEkxhbWptTOBni3v6hZpk4iNKFEQ0_7om7rh2ZLLgF2iLdh4ChHUKQzyytBIhc/s400/soc_poetas_mortos.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
O suicídio, no ano passado, de Robin Williams, um dos atores mais queridos de Hollywood nas últimas décadas, ainda não foi totalmente assimilado pelos seus milhões de fãs. Nunca será. Maluco ou sério, engraçado ou dramático, era um dos atores mais queridos das últimas décadas.<br />
Agora a viúva, Susan Williams, traz uma nova e chocante revelação em uma entrevista à revista People. O que afetava o artista era um tipo de demência. Mais precisamente, a Demência por Corpos de Lewy (DLB).<br />
É chocante pensar que, em um país com tantos recursos da medicina, um ator com uma idade ainda distante daqueles em que se fala em aposentadoria, pudesse ter a carreira (e a própria vida) abreviada dessa maneira. A vida é mesmo imprevisível. Talvez seja a face cruel da sua genialidade nas telas. Como iremos saber?<br />
Só nos resta reviver seu talento através dos filmes que deixou.<br />
Quanto a mim, sempre vou lembrá-lo como o professor transgressor de "<b>Sociedade dos Poetas Mortos</b>". Um filme para ser reprisado de tempos em tempos.Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-51909433534695475252014-12-12T04:32:00.000-08:002014-12-12T04:32:09.485-08:00E esse tal livro digital?<div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;"><span style="color: blue;"> </span>Muitos amigos têm me perguntado ultimamente a respeito dos leitores digitais. Minha opinião como autor e como leitor. A resposta é fácil. Não há como não reconhecer que se trata de uma evolução, como foi o computador e o processador de textos para quem gosta de ou precisa escrever. Novos recursos, maiores facilidades, mais versatilidade.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Imaginem quem quer ler um livro no original em inglês. Ou em espanhol, holandês, polonês talvez. Mesmo para quem morava numa cidade média ou grande, com boas livrarias, não era nada fácil. Antes era preciso procurar uma loja, encomendar o livro e aguardar pela sua chegada. Levava dias, talvez semanas.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvOnOMMsAnkCdqDOz5_coxCEF91pM5N0NU3cfDdBxkFmeKJyBxAhqFNfRcIntPkI4uFAb2pWMmOpEsM-Vhm0Vdbc-Pzd2YAgVux5t7x2EEUbjvi6zlEpEwu3bln6p2capgnqgU2VFJPgI/s1600/Kindle-agora-permite-empr%C3%A9stimo-de-livros-digitais-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvOnOMMsAnkCdqDOz5_coxCEF91pM5N0NU3cfDdBxkFmeKJyBxAhqFNfRcIntPkI4uFAb2pWMmOpEsM-Vhm0Vdbc-Pzd2YAgVux5t7x2EEUbjvi6zlEpEwu3bln6p2capgnqgU2VFJPgI/s1600/Kindle-agora-permite-empr%C3%A9stimo-de-livros-digitais-2.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Agora, basta clicar no aparelho e-reader, escolher a opção e fazer a compra via cartão. Em questão de segundos o livro está pronto para ser lido, mesmo que tenha vindo da Indonésia ou da Rússia.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A leitura já é, por si, um sinônimo de liberdade. O livro digital vem ampliar esse conceito à medida que incorpora novos recursos de busca no texto, acopla dicionários e pode arquivar comentários dos leitores. Mas, principalmente, derruba a barreira do espaço físico das prateleiras cheias de livros e traz bibliotecas inteiras à ponta dos dedos. Além do mais, tende a ser mais barato do que o livro em papel. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Há quem diga que não conseguirá abandonar o contato com o papel, o velho e bom hábito de fazer anotações a lápis em suas margens. Mas é questão de tentar. E de ver que se pode compartilhar anotações com leitores do mundo todo, e mesmo recuperar as anotações com mais facilidade.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Sem falar na infinidade de árvores, matéria-prima do papel, cuja derrubada será evitada. E imagine quebrar o limite físico de uma pilha de livros. Antes, quando ia viajar, gostava de levar dois ou três livros para ler nas horas de folga. Mas ficava pensando nas dezenas de outras opções de leitura igualmente deliciosas que havia deixado para trás. Uma questão de escolha. Impossível levar uma prateleira inteira dentro da bagagem.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Agora isso é possível. Não enchendo uma mala inteira, mas apenas um pequeno e leve aparelho eletrônico. Há muito mais a ser dito a respeito dessa encantadora experiência, mas não cabe aqui neste pequeno espaço. Faltou falar ainda do conceito que a Amazon está trazendo para o Brasil, o Kindle unlimited, permitindo "alugar" os livros que a gente quiser, dentre milhares disponíveis, por um valor fixo mensal (menos de vinte reais). Mais evolução ainda.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Sem dúvida o livro digital irá ampliar a experiência de ler, seja no PC, no tablet, na nuvem da internet, no smartphone ou no e-reader. Com ele dá para ler mais e melhor, também porque ele, o livro, sempre vai acompanhar a nós, leitores, muito mais de perto.</span></span></div>
</div>
Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-68504430671236738862014-12-07T10:18:00.000-08:002014-12-07T10:18:40.332-08:00O eterno dilema do futebol brasileiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjV09Bx6XPbYh0GCE7-hpIhPJDhFnnY1I8r4jcZa2JF6BtqxGpbuJap-1V0tR4K0IOalxriGA2yBSvpfppedd3O5jWgdQgvIYb_sOHO5WvHlveklGzgBR28ZWzAdNf1kEjIP_FuERY0TI/s1600/felipao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjV09Bx6XPbYh0GCE7-hpIhPJDhFnnY1I8r4jcZa2JF6BtqxGpbuJap-1V0tR4K0IOalxriGA2yBSvpfppedd3O5jWgdQgvIYb_sOHO5WvHlveklGzgBR28ZWzAdNf1kEjIP_FuERY0TI/s1600/felipao.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
Com mais uma Copa do Mundo realizada neste marcante 2014, desta vez no "país do futebol", tivemos oportunidade de repensar mais uma vez nosso espírito brasileiro. Somos um país alegre, um povo hospitaleiro e brincalhão, e um celeiro de craques, como se diz no senso comum. Verdade. Porém, mais uma vez, provamos que ao mesmo tempo, dentro de campo nos falta equilíbrio emocional. E fora, como acontece em quase todos os setores da vida brasileira, falta organização.<br />
Mais uma vez, como ocorre também nos Jogos Olímpicos (a outra grande festa mundial do esporte), nós perdemos quando somos azarões (afinal, os favoritos eram os outros mesmo...) e perdemos quando somos favoritos (o favoritismo pesou).<br />
Isso parece não acontecer com a maioria das potências esportivas. Ou talvez aconteça, mas em menor proporção.<br />
Voltemos ao futebol. Somos um fornecedor de matéria-prima em estado bruto (os craques). Ninguém viu nascer mais jogadores virtuosos em sua plagas do que nós, tupiniquins. Desde os primórdios do futebol, quando tentaram mudar o nome do esporte para ludopédio, sem sucesso. Desde os tempos de <i>El Tigre</i> Arthur Friedenreich, de Leônidas e Domingos da Guia. Técnica é conosco mesmo. Fomos os inventores da bicicleta, do drible chamado <i>elástico</i>, mas certamente não do carrinho. Acontece que o futebol, como todo esporte, não é feito apenas de tática. Como na guerra, precisa de táticas e estratégias. De força mental, preparação psicológica e organização. E de bons comandantes.<br />
A Copa brasileira nos mostrou mais uma vez que, ao longo da história, ficamos apenas na técnica. Técnica de Pelé, de Ademir da Guia, de Rivelino, de Nilton Santos, Romário, Ronaldo, Zico, Sócrates, Tostão, Gérson, Dirceu Lopes, Ronaldinho Gaúcho... a lista é interminável. Pecamos, porém, na tática. A última aventura do nosso selecionado nacional, sob a batuta do mestre Felipão, nos mostrou que... tática? Não tivemos nenhuma. Repetimos os mesmos erros, de não ter uma variação de jogo sequer, e de ficar dependentes de um único jogador. De não termos levado um jogador experiente para os momentos críticos, um líder substituto, ainda que longe de suas condições físicas e técnicas.<br />
Quando eu era criança, ouvia repetirem um senso comum: os brasileiros têm ginga, têm jogo de cintura e os europeus têm cintura dura. Por isso é que somos os reis do futebol.<br />
De alguma maneira, isso não funciona há muito tempo.<br />
Nunca conseguimos aliar a técnica refinada de nossos jogadores ao sentido de uma tática apurada e eficiente. E juntar a isso uma organização primorosa (para lembrar um adjetivo bem ao gosto dos locutores de antigamente) fora de campo. Se tivéssemos chegado a isso, seríamos imbatíveis. Mas basta olhar para a nossa história recente para perceber que ainda deixamos campeonatos mal-resolvidos, títulos nacionais que até hoje são questionados e discutidos.<br />
Os europeus - mais uma vez a julgar pelo senso comum - conseguiram igualar nossa técnica em poucos momentos. Com Puskas, Beckenbauer, Cruyff, Baggio, Bobby Moore... mas há muito tempo desenvolveram um senso de tática e de organização que nos deixaram no chão. A diferença é tanta que praticamente nenhum técnico brasileiro consegue trabalhar com sucesso na Europa. Por outro lado, também não conseguimos atrair técnicos europeus para cá, com as exceções de praxe. Problemas culturais e financeiros pesam decisivamente.<br />
Por que me lembrei disso tudo agora? Não foi por causa da última Copa do Mundo. A respeito dela, muitos cronistas já falaram mais e melhor do que eu, praticamente esgotando o assunto.<br />
É que sempre achei curiosa a dança dos técnicos em nosso futebol. Mano Meneses acaba de se despedir do Corínthians de uma maneira não usual. Classificou o time para a Libertadores (mesmo que para a primeira fase, o que é um aceno para a tragédia), mas mesmo assim vai embora. A diretoria corintiana está desunida, é verdade. Mas o técnico gaúcho chegou no início do ano para reestruturar a equipe, saturada após a conquista do título mundial. Em um ano, não conseguiu convencer a torcida e a diretoria. Merecia mais um tempo? Ele diz que sim. Mas um ano ainda é insuficiente para substituir alguns jogadores e alterar a maneira de o time jogar, implementando um padrão de jogo e variações táticas fundamentais?<br />
Mano dá a entender que sua saída do Corínthians foi precoce. Foi expulso do pomar quando ia colher os frutos do seu trabalho. Tive essa impressão quando da sua saída da seleção. Ele fez inúmeras experiências e percorreu boa parte do caminho, deixando-o aberto para que Felipão chegasse e ostentasse a aura de vitorioso por algum tempo. Infelizmente, muito curto também. Mas no Corínthians talvez tivesse tido um bom tempo (considerando o número de jogos que um time tem durante todo o ano, ao contrário da seleção) e um razoável elenco à sua disposição. Mas Mano parece ser aquele tipo de técnico frio e teórico, que precisa de calma para estruturar uma equipe ao longo de várias temporadas. Não tem aquele toque do mágico que em pouco tempo faz uma equipe desencantar. Como fizeram Marcelo Oliveira e Cuca. Não se iludam, corintianos: Tite também é assim, tem um jeito lento de fazer as coisas acontecerem.<br />
Em nosso futebol, porém, o tempo é marcado por um compasso nervoso, ansioso.<br />
Na Europa um técnico como Arsène Wenger está há quase vinte anos no tradicional Arsenal inglês. Ganhou poucos títulos, tomou goleadas, fez campanhas medíocres ao longo desse tempo. Mas continua firme no posto.<br />
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Há equipes que trocam de técnicos cinco ou seis vezes por ano por aqui. E nem por isso melhoram seus resultados. Qual será o modelo ideal?<br />
Essas e outras perguntas continuam no ar. Por que nossos técnicos parecem tão abaixo do nível dos técnicos europeus? Precisariam estudar mais? E por que não o fazem? Ou são os jogadores que não conseguem executar as ideias dos seus comandantes?<br />
Nunca tivemos tão poucos técnicos em boa consideração por público e mídia: Cuca, Tite, Marcelo Oliveira, Levir Culpi... a unanimidade nunca foi tão escassa. E enquanto isso, continua a macabra dança das cadeiras, que não leva a lugar nenhum. Azar dos clubes, e dos sofridos torcedores.Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-23591827350800033432014-12-02T09:31:00.000-08:002014-12-02T10:06:21.731-08:00Detetives renascidos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCcoJGRYp4ZyZFc4sqd5C8K6SYvTlXMxQLb08TBF-UmTDuQck8cZN2Ffr8dPqmYLp6Z12lQnxpUFEtGJF2E4iNafQ0hr7j60K34ghhO2COT7DjXu8qWvhv7_thoYNo02_4DFLMb-T-AxI/s1600/sherlock.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCcoJGRYp4ZyZFc4sqd5C8K6SYvTlXMxQLb08TBF-UmTDuQck8cZN2Ffr8dPqmYLp6Z12lQnxpUFEtGJF2E4iNafQ0hr7j60K34ghhO2COT7DjXu8qWvhv7_thoYNo02_4DFLMb-T-AxI/s1600/sherlock.jpg" height="140" width="200" /></a></div>
A literatura policial acaba de perder uma autora do nível de P. D. James, uma das notórias damas do crime (ao lado da imortal Agatha Christie, de Ruth Rendell e outras grandes escritoras do gênero) nesta última semana, ao mesmo tempo em que vê nascer outra grande tendência nessa mesma área: a continuidade de personagens, já elevados ao olimpo reservado aos heróis imortais da literatura. Falo de dois detetives inesquecíveis: o inglês Sherlock Holmes e o belga Hercule Poirot.<br />
Mesmo quem não leu uma novela policial em toda a vida provavelmente sabe da existência dessas personagens. O primeiro, criação original do escocês, Sir Arthur Conan Doyle, teve seu nome associado ao sinônimo de sagacidade. Foi inspirado em um professor do curso que Doyle frequentava, se não me engano medicina. Não precisaria, mas ele está de volta no romance "<b><i>A casa da seda</i></b>". Foram necessários muitos anos até que os herdeiros do autor autorizassem mais um retorno (dentre tantos outros, concretizados pelo próprio Doyle), aceitando que o fosse pela pena de outro escritor. O autor da proeza é Anthony Horowitz.<br />
O livro é muito bem escrito e a história é até certo ponto original (sem <i>spoilers</i>, por favor...). Porém, causa muita estranheza saber que não é mais Conan Doyle quem assina o texto. Não se sabe até que ponto é uma rejeição inconsciente, ou um real afastamento do estilo original do criador de Holmes.<br />
Empreitada bem mais difícil esperava Sophie Hannah, ao escrever uma aventura de Hercule Poirot. Por quê? Acho que a explicação é igualmente deslizante. Poirot é provavelmente mais lido atualmente do que Sherlock pelos aficcionados do gênero. Mas ao mesmo tempo, Sherlock é onipresente: filmes, histórias em quadrinhos, jogos de tabuleiro, e pastiches... Já assumiu, portanto, mil e uma variações. Até Disney criou certa vez um tal <i>Berloque Gomes</i>. Mas Poirot, não. Exceto por alguns filmes e por uma série da TV inglesa, sua vida e seu universo estão nos livros de Agatha Christie. Ou seja, nas palavras. E é nesse terreno que Sophie Hannah precisa superar seu desafio. Além disso, Poirot é mais cerebral do que Sherlock e - perdão pelo sacrilégio - até certo ponto, mais sutil. A tarefa, portanto, parece ser mais difícil. E no entanto, a leitura de "<b><i>Os crimes do monograma</i></b>" também vale a pena para aqueles que - como eu - não conseguem ficar por muito tempo distantes de uma boa história de detetives.<br />
<i>The question is</i>: qual será o próximo grande detetive a ressurgir pela pena de outro talentoso autor? O comissário Maigret, de Georges Simenon? Philip Marlowe? Sam Spade? Ou o briguento mas irresistível Lew Archer?<br />
Façam suas apostas, cavalheiros!<br />
<br />
Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-44101984946789490962013-04-29T06:59:00.001-07:002013-04-29T06:59:19.544-07:00Paulo Vanzolini (1924 - 2013)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ9wydKgu6D3v9jJaO5nAtoQ3bNdwCAlNg6BhdaNoiKzuEaStSvOEzujMcBca1wCJBYYsaFBjbllWNt5lAJkO5rdga3Ir0kX_hTbv0eB6O4nGjn8uDkgvVauoNOBKxrCCbjLSaSL8yep0/s1600/PauloVanzolini2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ9wydKgu6D3v9jJaO5nAtoQ3bNdwCAlNg6BhdaNoiKzuEaStSvOEzujMcBca1wCJBYYsaFBjbllWNt5lAJkO5rdga3Ir0kX_hTbv0eB6O4nGjn8uDkgvVauoNOBKxrCCbjLSaSL8yep0/s320/PauloVanzolini2.jpg" width="284" /></a></div>
Leio nos principais sites da internet que o samba de São Paulo está mais triste. Acaba de deixar este mundo o sambista Paulo Vanzolini, autor de "Ronda" e "Volta por cima", principalmente. Assim como outros sambistas paulistanos, tinha sobrenome italiano. A exemplo do grande Adoniram, que era também Rubinato. João Rubinato. Talvez algum caricaturista tenha se lembrado de reuni-los no céu, em uma mesa de boteco lá no céu, de camisola e asinhas de anjo, batucando um samba.<br />
Para mim, o Paulo Vanzolini é lenda há um bom tempo.<br />
O sambista que preferia ser zoólogo, cientista respeitado.<br />
Uma das lendas a seu respeito reza que ele utilizava o dinheiro ganho com direitos autorais para financiar suas pesquisas.<br />
Outra história interessante: enquanto sua bela e espirituosa embolada "Balbina" era apresentada por outro intérprete em um festival de música em São Paulo (ou Rio?), ele estava enfiado nos confins da amazônia em uma de suas pesquisas sobre répteis, outra de suas grandes paixões. A letra de "Balbina", muito bem-humorada, tem um caimento perfeito com a melodia: "<i>Não vou na sua casa e não é à toa / Ando ressabiado com tua patroa / Não sei se ela achou graça / Nós entrarmos na cachaça / Em companhia da empregada / Você diz que não é nada mas acho capaz / De ela estar zangada...</i>".<br />
Infelizmente, não foi sequer para as finais daquele festival, e talvez seja lembrada somente por aficcionados da MPB como eu...<br />
Quanto a "Ronda", outra história interessante: ele não gostava de ser associado ao sucesso da sua criação. "<i>De noite eu rondo a cidade a te procurar... sem encontrar...</i>". Não gostava, achava um dramalhão barato. Bobagem. A música é um retrato inesquecível da noite boêmia paulistana.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh_Z_z1g-MrRbL6Y4QOzfxgqYtGRoZIUC9BPOmMiSGU38uUdqJlxEpK1p83cEhr9IAUpiC06GdHTeTyEfIUUyS0zOKVWKCIOlyyi-wyGDDhwLNBl2VrGREgC0TSjBwleCO4sNOv50mA5w/s1600/maria+bethania+drama.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh_Z_z1g-MrRbL6Y4QOzfxgqYtGRoZIUC9BPOmMiSGU38uUdqJlxEpK1p83cEhr9IAUpiC06GdHTeTyEfIUUyS0zOKVWKCIOlyyi-wyGDDhwLNBl2VrGREgC0TSjBwleCO4sNOv50mA5w/s200/maria+bethania+drama.JPG" width="200" /></a></div>
<br />
Mas "Volta por cima" é inquestionável. Um samba antológico, com um toque paulistano, mas, acima de tudo, com alma brasileira. Me lembro perfeitamente da primeira vez que ouvi a música. Rodava um LP antigo da Maria Bethania, "Drama", gravado a partir de um show, e que ia emendando uma música na outra. Eu estava ocupado com outra coisa e o disco rodando em background. De repente ela começou a cantar "Volta por cima":<br />
<i>Chorei. Não precisei esconder.</i><br />
<i> Todos viram. Fingiram.</i><br />
<i> Pena de mim, não precisava...</i><br />
<i> Ali onde eu chorei qualquer um chorava.</i><br />
<i> Dar a volta por cima que eu dei, quero ver quem dava...</i><br />
[ ... ]<br />
Ali estava outro retrato inesquecível, com DNA da mais fina MPB.<br />
Tive de parar tudo. E depois repetir a faixa um sem-número de vezes.<br />
Paulo Vanzolini foi muito importante para a USP na sua área de pesquisa. Deixou uma colaboração marcante para a biologia, em nossos meios acadêmicos. O samba não era sua atividade profissional.<br />
Imagina se fosse...Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-12485799974910448832013-03-17T17:18:00.000-07:002013-03-18T17:44:43.165-07:00Absurdo! Livro de Alexandre Azevedo taxado de racista<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJAY1hSHQXfzST-EYDmFbQ6yhYlTSi_TkqW7g4pqdslAS_U8xVUGVj-T5m0i7HccAyOrKfI1kyhv5Jaen-Ze1D5Nr1XAlrToyNt2Dmyl_oTqQ2I0FqrofqqeSh9zr_nWyMr1gASWmkD2Y/s1600/as+bonecas+de+Fernanda.PNG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJAY1hSHQXfzST-EYDmFbQ6yhYlTSi_TkqW7g4pqdslAS_U8xVUGVj-T5m0i7HccAyOrKfI1kyhv5Jaen-Ze1D5Nr1XAlrToyNt2Dmyl_oTqQ2I0FqrofqqeSh9zr_nWyMr1gASWmkD2Y/s200/as+bonecas+de+Fernanda.PNG" width="200" /></a><br />
<br />
<div class="MsoNormal">
O
vereador baiano Sílvio Humberto parece ter conseguido seus quinze minutos de fama
ao denunciar como racista um dos mais de cem livros publicados pelo professor,
filósofo e escritor Alexandre Azevedo. Definitivamente, conseguiu aparecer.
Criar um factoide, bem ao estilo do líder populista carioca César Maia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sinto,
mas não vou gastar mais de um parágrafo a quem parece não ter compromisso com uma
análise mais equilibrada dos fatos. Melhor falar a respeito da obra que causou
tanta polêmica. Tenho comigo um exemplar da primeira edição (Editora Paulus,
1995), autografada pelo próprio autor em Ribeirão Preto. Resolvi reler o
livrinho, direcionado às crianças recém-alfabetizadas. Trata-se de um poema de
apenas quarenta versos, que conta a história da menina Fernanda e suas duas
bonecas: uma nova e bonita, e outra velha e feia (feia por ser velha, já gasta,
maltratada, surrada pelo uso, como todos os brinquedos que fazem sucesso com as
crianças). Ao que parece, o distinto vereador sequer se deu ao trabalho de ler
com atenção esses poucos quarenta versos. Deve ter subido à tribuna baseado em
informações alheias. Porque tentei, com toda a isenção possível, enxergar
qualquer traço de racismo oculto nos quarenta pequenos versos, e não consegui.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aliás,
nós mal ficamos sequer sabendo quais são os atributos físicos das bonecas em
questão. Sabemos que a boneca bonita (que ao final é rejeitada pela menina, que
prefere a boneca “feia”) tem “grandes olhos azulados”. E nada é dito da boneca
feia. Será morena então? Será oriental? Terá aparência indígena? O texto não
diz nada a respeito. Muito menos que a boneca é negra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ora, o
racismo é um crime condenável, abominável. Tanto que é inafiançável. Quem irá
contra isso? Mas uma coisa é o crime constatado e provado. Outra é o
oportunismo. Posso falar de cadeira, pois tenho ascendentes africanos e me
orgulho disso. Parece-me que alguns professores e um certo político viram nesse
caso uma oportunidade para se sobressair na mídia. Ou algo que o valha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Poderia
ser que o ilustrador houvesse sido levado, por algum motivo inconfessável, a
desenhar uma bonequinha negra – o que também não ocorreu – mas mesmo assim não
seria o caso de acusar o autor do texto. Para quem não sabe, o escritor
dificilmente interfere e dá diretrizes na ilustração e no projeto gráfico da
obra.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzptdLwGJtPG1zNTnak6WIYmP1hym6TzR5cK8muVaSlnOIkhS93HerjBVxKyxFviB7ZwGJkMygmk_ksMolhV1N1VbDTzrzu5fGBeyxOjjiCddUIs12uchQvrdXCIwsfcCHAYHW4f9qwuM/s1600/alexandre.PNG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzptdLwGJtPG1zNTnak6WIYmP1hym6TzR5cK8muVaSlnOIkhS93HerjBVxKyxFviB7ZwGJkMygmk_ksMolhV1N1VbDTzrzu5fGBeyxOjjiCddUIs12uchQvrdXCIwsfcCHAYHW4f9qwuM/s1600/alexandre.PNG" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Onde
está a liberdade de expressão no estado de Ruy Barbosa, de Castro Alves, de
Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro? É muito simples subir numa tribuna e, em
minutos, condenar uma obra literária, taxando-a de racista, de preconceituosa
ou o que quer que seja. E, dessa maneira, tentar desmerecer um professor de
Literatura com mais de cem livros publicados e mais de vinte anos de trabalho
pela cultura brasileira, levando, de norte a sul do país, uma mensagem de
incentivo à leitura às nossas crianças e aos nossos jovens. É provável que
essas pessoas sequer tenham se preocupado em conhecer melhor a biografia desse
autor. Essas pessoas não fazem ideia das dificuldades por que passa um escritor
que tenta honestamente viver de sua produção literária num país como o nosso,
ainda sem tradição maciça de leitura, mesmo entre adultos com alguma cultura e formação
acadêmica, infelizmente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Julguem
por si mesmos, senhores, os versos causadores da polêmica, segundo uma nota
assinada pela própria Fundação Palmares:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif;">“</span><i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Fernanda tem duas bonecas. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Uma é linda de se ver. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">A outra, coitadinha, é feinha de doer. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">A bonita tem cabelo loiro, todo ele trançado. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Quando se puxa uma corda, <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">vira a cabecinha para o lado.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">A feia tem pouco cabelo, <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">de tanto que já foi puxado. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Não tem pilha, não tem corda, <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">não se move para o lado</span></i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif;">”</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Onde está o racismo mesmo? Será que também personagem
com pouco cabelo agora é indício de racismo?</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
Mas o
Alexandre não está em má companhia, muito ao contrário. Está em companhia, por
exemplo, de Monteiro Lobato. Se houvesse encontrado pessoas tão intolerantes em
sua época, o criador de Emília, Dona Benta e Tia Nastácia, talvez tivesse sido
banido das escolas e das prateleiras das livrarias, deixando de divertir e
instruir milhões de crianças até hoje. Felizmente isso não aconteceu e, apesar
de certas reações paranoicas, ele continua a ser o mais conhecido, respeitado
e querido escritor de livros infanto-juvenis do nosso país.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Graciliano
Ramos, um dos gênios da nossa literatura, foi acusado de antissemitismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Joseph
Conrad, escritor de origem polonesa que escreveu algumas obras-primas da
literatura inglesa do século XIX (“Lord Jim”, “Linha de Sombra”, “Coração das
Trevas”), também foi acusado de preconceituoso e racista. Só para ficar na
Inglaterra, temos outro gigante da literatura, Charles Dickens (“Grandes
Esperanças”, “David Coperfield”, “Oliver Twist”, entre tantos outros) que foi
taxado de antissemita por algumas frases dentre aquelas suas dezenas de
milhares de páginas que orgulham a literatura ocidental.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ah!
Como é fácil fazer barulho em torno do trabalho alheio. Outros grandes autores
poderiam ser lembrados. Mas, para concluir, basta ficarmos com um dos maiores
fundadores da literatura moderna. William Shakespeare. Racista, antissemita e
inimigo do Islã. Sim, também ele foi acusado de racismo porque Otelo era mouro
e tem momentos de fúria, ao receber a notícia da traição de Desdêmona. E porque
Shylock (“O mercador de Veneza”) era um judeu mesquinho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Melhor
ficar por aqui. O absurdo é muito grande. Mas ele se junta à lista interminável
de aberrações semelhantes do longo da história. Volto a repetir: o racismo é
abominável, inaceitável e indesculpável. Se alguém tiver dúvida a respeito das
ideias que defendo, por favor, dê-se ao trabalho de conhecer alguns dos meus
livros, como “Resgate de Amor”, “A Fúria do Mundo” ou “A estrada de San Martín”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Porém,
tão importante quanto combater esse execrável chaga da humanidade é saber
reconhecer o racismo onde ele realmente está, distinguindo-o da mera liberdade
da criação literária.<b><o:p></o:p></b></div>
Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-37230868144555763802013-03-11T15:12:00.002-07:002013-03-11T15:12:43.129-07:00Yacamim, a floresta sem fim<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoxLymabHCGFDoCqAPobkvM482AoAGlp08-SnlRHQ-7_zIwSUwVKgmkpM87Jm8qCwCcQrT4fx4_mkx7ZUW1tfIOTkcHP088tXo9HM7N2SDVrnAD4g4iNGD7f2F8PozW6qRkdngIwr_nFU/s1600/Yacamin+no+estudio+da+Germana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoxLymabHCGFDoCqAPobkvM482AoAGlp08-SnlRHQ-7_zIwSUwVKgmkpM87Jm8qCwCcQrT4fx4_mkx7ZUW1tfIOTkcHP088tXo9HM7N2SDVrnAD4g4iNGD7f2F8PozW6qRkdngIwr_nFU/s320/Yacamin+no+estudio+da+Germana.jpg" width="213" /></a></div>
Estou de volta depois de uma certa ausência.<br />
Alguns compromissos, alguma correria, pequenos problemas. Às vezes parece que nosso tempo fica curto e vinte e quatro horas passam num sopro.<br />
Mas aqui estou para falar da nova versão de "Yacamim, a floresta sem fim", cuja nova edição, com um belo projeto gráfico da Germana Viana, acaba de sair pela Giz Editorial. Aliás, a foto acima foi "capturada" de uma imagem do estúdio da ilustradora.<br />
Yacamim é um trabalho pelo qual tenho muito carinho. Nele está muito da minha visão pessoal de mundo, da vida, de como a fantasia e a realidade se abraçam para a criação de universos únicos no imaginário de cada um de nós.<br />
É uma história de persistência, de desafio e de descobertas. Mas não vou falar aqui de teorias literárias, nem fazer uma resenha, nem antecipar a história. Deixo todas as descobertas para vocês, leitores.<br />
Mas o legal do trabalho foi o envolvimento diário de toda a equipe: as editoras Simone Matheus e Giulia Moon, a ilustradora Germana Viana e este autor que vos fala (apesar da distância física de São Paulo), conseguimos discutir e resolver cada um dos desafios que foram surgindo ao longo do projeto.<br />
E as ilustrações, que considero um dos pontos fortes do livro, pois serão a primeira comunicação da história com o (candidato a) leitor, traduziram bem as cenas e momentos importantes da aventura da pequena e solitária Keila pelos mistérios dessa floresta encantada. Cumpriram seu papel de completar o texto e, mais do que isso, dialogar com ele, enriquecendo-o.<br />
Mais do que isso, só mesmo bebendo da fonte do próprio livro... para conferir em primeira mão o trabalho dessa equipe maravilhosa que trabalhou comigo, ajudando a dar vida à novíssima edição de Yacamim.<br />
E, para concluir, fiquem com uma das ilustrações da Germana Viana, que faz parte do livro.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1gYpG1V-Y_bQQfhDdfYVM9BTbGNdt38hyphenhyphen-PnfuwQeggJN0qToYA3elpXbSsvywTKTos2AgLAc4Z5VKhxr0CJtWybW2Z97OOYjNl8lMLU7dqInl4GM-zdnL4q2qyUIzz5WizXI8HPFsYQ/s1600/017+-+festa+na+floresta+-+revisado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1gYpG1V-Y_bQQfhDdfYVM9BTbGNdt38hyphenhyphen-PnfuwQeggJN0qToYA3elpXbSsvywTKTos2AgLAc4Z5VKhxr0CJtWybW2Z97OOYjNl8lMLU7dqInl4GM-zdnL4q2qyUIzz5WizXI8HPFsYQ/s320/017+-+festa+na+floresta+-+revisado.jpg" width="218" /></a></div>
<br />Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-80081136459287380212013-02-11T07:40:00.003-08:002013-03-18T17:45:50.604-07:00Mais um pouco de Harry Potter<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfqeqxJHaQZ55BNBKkOQ49ydAkM_DoPrruXENrfveO-EKJVDsLeiKV8YsZDVR9QBBw9ISoRPtnjt3MDs5Ypnu63j77NoQrOeFi0CeE719PmMClhxo8kwbWD4bANE-VYPqPMuzLZbyNY-A/s1600/harry+e+cs.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfqeqxJHaQZ55BNBKkOQ49ydAkM_DoPrruXENrfveO-EKJVDsLeiKV8YsZDVR9QBBw9ISoRPtnjt3MDs5Ypnu63j77NoQrOeFi0CeE719PmMClhxo8kwbWD4bANE-VYPqPMuzLZbyNY-A/s320/harry+e+cs.png" width="320" /></a></div>
Estou de volta. A esta altura, como podem imaginar, já concluí o primeiro volume e iniciei o segundo. As impressões que descrevi no post anterior se fortaleceram com a leitura da segunda parte de “Harry Potter e a pedra filosofal”. Ganharam mais intensidade as qualidades que vislumbrei na leitura da primeira parte desse livro.<br />
No entanto, depois que escrevi o post e voltei à leitura (dentre tantas outras atividades do dia-a-dia), eu me senti tentado a comparar o livro com outro monumento de vendas arrasadoras que li há alguns anos: “A sombra do vento”. Ele é bem mais competente na construção da ambientação, que julgo ser um dos pontos fortes de Rowling. Sem que haja perda do ritmo da narrativa ou do próprio correr do texto, o autor (o catalão Carlos Ruíz Zafon) constrói um cenário igualmente gótico mas com mais riqueza de detalhes e profundidade. Verdade que o livro é mais amplo e possui mais unidade do que a que se encontra nos sete volumes do bruxinho (é preciso retomar as informações a cada novo volume, supondo que esteja sendo lido por alguém que ainda não conhece os episódios dos livros anteriores...). E também é verdade que o romance catalão dá mais ênfase aos conflitos e ao mundo interior das personagens, em oposição ao mundo palpável, tirando desse conflito toda uma arquitetura específica. Que não é nem o mundo exterior de uma Barcelona de qualquer época, e nem é apenas a paisagem interna dos protagonistas, sempre movediça.<br />
Também o público leitor dessas duas obras é completamente diverso. Logo, as expectativas de cada um deles, são igualmente diferentes.<br />
A autora de Harry Potter, no entanto, às vezes é feliz na descrição desses cenários com poucas pinceladas. Como na descrição das passagens na casa do Rony, na primeira metade do segundo livro (“Harry Potter e a câmara secreta”). Porém, tem momentos em que o mundo que se pretende construir cai no vazio por falta de consistência.<br />
Essa mesma consistência parece inexistir em algumas passagens do segundo volume. Por exemplo, o episódio em que Rony “toma emprestado” o carro que seu pai adaptou (ou enfeitiçou) para voar. Ou o sentimento bobo de admiração que seu pai tem em relação ao mundo dos “trouxas”, sendo que o mundo dos magos seria muito mais atraente e emocionante. A própria situação de tensão entre este nosso mundinho comum e dos bruxos parece muito contraditório, mesmo dentro do contexto fantástico da obra.<br />
Porém, é cedo ainda para mais conclusões.<br />
O fato é que as construções impressionantes de J. K. Rowling atrairam multidões, e acabaram por fazer emergir, da sua imaginação, um mundo gigantesco e consistente em torno de Howgwarts. Essa é a grande e eterna magia da literatura. Ou seja, o segredo dos seus mistérios ainda está longe de ser desvendado. Mas voltaremos ao tema ainda, qualquer dia desses.<br />
<div>
<br /></div>
Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-4798459844589680122013-02-01T14:14:00.000-08:002013-02-01T14:16:25.258-08:00O segredo de Harry PotterDesta vez não teve
jeito. Fui coagido pela minha filha Thaís, de dez anos, a começar a
ler Harry Potter. O argumento era forte, quase infalível. Se eu sou
um autor de livros infanto-juvenis, se adoro ler, por que então
ainda não conhecia a saga do maior sucesso em livro, amado e lido por crianças e jovens do mundo todo, e também sucesso em filme, vídeo,
jogos, parques, e tudo o mais?<br />
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Sim, era uma esquisita
e incômoda contradição.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Além do mais, eu nem
teria a desculpa de que seria difícil encontrar o livro. Se não
tivéssemos um exemplar em casa (e tínhamos!), seria fácil de
encontrar o primeiro volume da série (<i>Harry Potter e a pedra
filosofal</i>) em qualquer livraria ou sebo da cidade.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy0N_N5kHWJw3gpeWBnaKV53Ojtp4w7FFix7SDvOVEkcasqOrogN4b6I3JLEXBgFi7QKNxSahuWUGv5rwnPcnRtSww9P5GDIgiSUebMD7VJwcQWPGBHJGkNRm0jBVmaizHdYG-v1RVGrI/s1600/harry_filosofal.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy0N_N5kHWJw3gpeWBnaKV53Ojtp4w7FFix7SDvOVEkcasqOrogN4b6I3JLEXBgFi7QKNxSahuWUGv5rwnPcnRtSww9P5GDIgiSUebMD7VJwcQWPGBHJGkNRm0jBVmaizHdYG-v1RVGrI/s320/harry_filosofal.jpg" width="213" /></a> Pois bem. Aceitei o
desafio, com a condição de ir lendo a aventura aos poucos e nas
horas de folga.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Finalmente, eu iria
decifrar o mistério e o segredo de Harry Potter.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não o da personagem.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Mas o da monumental
criação literária de J. K. Rowling.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A princípio me
espantou o ritmo da narrativa. A autora não parece preocupada em
criar grandes momentos de suspense. Ou, se engendrou cuidadosamente
as passagens de um capítulo para outro, para criar um suspense
fabricado, forçando o leitor a avançar desesperado para o capítulo
seguinte, então ela disfarçou bem a técnica.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Aparentemente, conta a
história de um menino que descobre pertencer a uma família de
bruxos. A partir daí, será encaminhado para uma famosa escola de
bruxaria, Howgwarts. Uma história aparentemente banal. Mas que
consegue prender o leitor desde as primeiras páginas.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Ou seja, ela é boa
nisso.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O vocabulário também
é bastante estudado. O repertório da autora consegue descrever as
cenas e os ambientes em poucas palavras, mas deixando uma impressão
forte e bem construída no leitor. Mas sem palavras complicadas. As
que aparecem no texto são justamente os nomes criados para
caracterizar o universo mágico da personagem. Ou seja, qualquer
leitor de oito ou nove anos com um mínimo de experiência e vontade,
como foi o caso da Thaís, tira de letra.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E aí surgem mais dois
componentes interessantes e igualmente determinantes. As personagens,
principalmente o protagonista, acabam por cativar o leitor, apesar
dos estereótipos terríveis como a varinha mágica e a tão batida
vassoura voadora. Ela até que foi ousada em apostar nesses velhos
componentes. E acabou por convencer.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Esses e outros
elementos parecem ficar bem colocados dentro do contexto geral da
história. Ainda há outras personagens interessantes, como o gigante
Hagrid e os professores do colégio de bruxos, ou o colega Draco, o
vilãozinho pedante.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Bem, estou apenas na
metade do primeiro volume, “Harry Potter e a pedra filosofal”. E
olhem aí outro elemento batido em tantas histórias boas e más, a
tal pedra filosofal. Mas já deu para ter uma ideia daquilo que seria
talvez o componente decisivo, que deu força à série e encantou
definitivamente os leitores: a ambientação das cenas.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Até agora me parece
que a autora, com muita competência (sim, podem falar o que
quiserem, mas para vender milhões e milhões de livros em dezenas de
línguas pelo mundo todo, é preciso ser competente no que se faz...)
conseguiu driblar os pontos fracos, os estereótipos e as cenas pouco
convincentes, para usufruir do lado forte da sua criação: as
personagens, que conseguem conquistar os leitores de assalto, e os
ambientes, com ricas referências em poucas palavras, jogando o
leitor imediatamente na atmosfera da cena.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não, não chegarei a
ser um fanático, desses que vão ao parque da Universal Studios e
trazem para casa até as varinhas mágicas do Harry Potter, dentre
tantos outros <i>s</i><i>uvenires</i>. Ou, como se intitulam os
loucos pelo bruxinho, um <i>Potterhead</i>.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Mas vou em frente. Não
está sendo tão difícil assim.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E a qualquer momento,
prometo que vou voltar aqui para falar de outras impressões.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Até!</div>
Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-82750251510363054632012-05-30T17:02:00.001-07:002012-05-30T17:03:25.438-07:00Livros que a gente nunca esquece...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo-N42298reufOVBcTPxlTd0QLbQB_BHJQxYW1auzH0uvmeWBgKsW6ejDVVKUgWsMl7yryDPwrDMoH8arH8hC0Euhkr8BD_Hemph30ivUj6hh9qDpPtmN9WaB3sLjPIEdBz1ZxP4BHByw/s1600/anatole+france.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo-N42298reufOVBcTPxlTd0QLbQB_BHJQxYW1auzH0uvmeWBgKsW6ejDVVKUgWsMl7yryDPwrDMoH8arH8hC0Euhkr8BD_Hemph30ivUj6hh9qDpPtmN9WaB3sLjPIEdBz1ZxP4BHByw/s320/anatole+france.jpg" width="274" /></a></div>
<br />
Não faço a menor ideia de quantos livros já li nesta vida. Já ouvi dizer que há pessoas que, tão organizadas, anotam num caderno todos os livros e filmes que assistem. Imagine se eu conseguiria fazer isso! Nem em outra vida.<br />
Mas há livros que não precisam ser anotados. Eles simplesmente ficam gravados em nossa memória para sempre. Como esquecer as aventuras dos "Meninos da Rua Paulo", do húngaro Férenc Mólnar, que li aos doze anos depois de ganhar de presente de fim de ano do professor João Castilho ainda lá em Itapeva? E assim como Drummond, devorei "Robinson Crusoe", quem sabe também em um distante quintal da minha infância. E acho que foi também por essa época que li aquele estranho "A revolta dos anjos", do Anatole France.<br />
E - pasmem! - li um conto policial interessante e não gostei. Não vou me lembrar qual, mas acho que era "O último adeus de Sherlock Holmes". Àquele garoto do interior, sem condições de viajar pelo mundo, os livros me mostraram muito mais: as profundezas das "Vinte Mil Léguas Submarinas" e de outra viagem ao centro da terra. Os piratas de Emílio Salgari e de Somerset Maughan, e as terras inalcançáveis do Nunca.<br />
Mas somos feitos também dos livros que não lemos.<br />
Eles povoam nosso imaginário como fantasmas.<br />
Ainda vou ler "Quo Vadis". E "O senhor dos Aneis". E "Guerra e Paz". E tantos outros. E reler os livros de que já me esqueci.<br />
Outro dia parei diante da TV para assistir ao "Piratas do Caribe", o terceiro filme da tetralogia. Bonito, inventivo, instigante. Acho que eu poderia dizer mesmo... fascinante, cheio de surpresas. E os efeitos especiais então?<br />
Mas parecia que faltava algo.<br />
O cinema - e não só o americano - ficou rápido, maravilhoso demais, sem fôlego.<br />
Sinto falta das pausas. Dos silêncios. Dos espaços em branco.<br />
De um cheiro de papel velho, de livro antigo, encontrado no fundo de um porão.<br />
<br />
<br />Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-1712300947355969992012-02-20T04:20:00.001-08:002012-02-20T04:21:18.450-08:00Tecnologias outras...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdabzOLqjbBCUu1jKSK3YOygdvI54PTn8eEuLeFTuUxJwfTpzaznE6JJ0qpGmJRkYRQUOGQtmCXWC_vpsNKzOY2a8ToRua4RpKdx67fxx_P_MU3IY52S4GwhVXTQdsGZtt1nER1mMg9zo/s1600/linea98.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdabzOLqjbBCUu1jKSK3YOygdvI54PTn8eEuLeFTuUxJwfTpzaznE6JJ0qpGmJRkYRQUOGQtmCXWC_vpsNKzOY2a8ToRua4RpKdx67fxx_P_MU3IY52S4GwhVXTQdsGZtt1nER1mMg9zo/s320/linea98.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> Outro dia, conversando com meu amigo Fernando Vaz, acabei relembrando dos tempos em que batucava na minha velha e saudosa máquina de escrever Olivetti, ao invés dos teclados eletrônicos de desktops e notebooks. <o:p></o:p></span></span></span></div><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> Que coisa! O que são a vida, o tempo, a evolução!</span></span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: -webkit-auto;"> Meu filho tem dezesseis anos, e deve ter visto uma máquina de escrever só em ilustração. Acho que nunca tocou de verdade em uma. Minha caçula então, nem se fala. E no entanto, o pai escreveu tantos textos, primeiro em uma Hermes portátil, depois em duas Olivetti. Tá certo, foi no século passado. Mas parece que foi há quase cem anos.</span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: -webkit-auto;"> Máquina fotográfica, tive uma Nikon maravilhosa, profissional. Hoje, não serve nem para museu. Quem adivinharia que um dia a Kodak iria pedir concordata, por ter perdido a liderança e o monopólio da indústria fotográfica, ela que imperou até mesmo na máquina do cinema americano?</span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: -webkit-auto;"> Bem, são pensamentos malucos (mas não necessariamente saudosistas) de um domingo de carnaval...</span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: -webkit-auto;"> Acho que a tecnologia sempre faz o mundo melhor. O que o homem faz do mundo e da tecnologia é que é a questão.</span><br />
<div style="text-align: -webkit-auto;"><br />
</div>Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-39924173891806220562012-02-19T13:51:00.003-08:002012-02-19T13:55:48.049-08:00Homem-aranha, 50 anosQuem nunca se divertiu com as aventuras do rapaz da teia, aí abaixo?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcbAnJvdxQOY1HNDhE2fWlGBMGLMn_AHSm8Iw4NJQ04V2FR57f6kDBqV_JTO8PQPQ2m09coe8RwQ5nTJHodrrz-c4bVTjRiDWa8MjLjB5PRJ3UFCfFu5PwL4dzBNtn-pPw3VCjTcHrW9k/s1600/homem-aranha.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcbAnJvdxQOY1HNDhE2fWlGBMGLMn_AHSm8Iw4NJQ04V2FR57f6kDBqV_JTO8PQPQ2m09coe8RwQ5nTJHodrrz-c4bVTjRiDWa8MjLjB5PRJ3UFCfFu5PwL4dzBNtn-pPw3VCjTcHrW9k/s400/homem-aranha.jpeg" width="262" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
Parabéns, Aranha! Apesar da fantasia, da radioatividade e da teia, talvez o mais humano dos super-heróis que inventaram...Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-32635282225568282312010-06-03T09:15:00.000-07:002010-06-03T09:18:44.574-07:00Os americanos estão de volta...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3gAAwUSxtnaDFvLVV2f3qi8JAL0sRIQsrLCdtUXSMzvdBDC1I6MhbksNowwKTRS86zABNoYPqAuFDaU4GHZ3ftRn_zytlCJ9VmkTmIWr15jKLF2XOPjUAcPsGOJOIP9Ny5i6UcHqU2BQ/s1600/THEGameOfTheirLives_thumb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3gAAwUSxtnaDFvLVV2f3qi8JAL0sRIQsrLCdtUXSMzvdBDC1I6MhbksNowwKTRS86zABNoYPqAuFDaU4GHZ3ftRn_zytlCJ9VmkTmIWr15jKLF2XOPjUAcPsGOJOIP9Ny5i6UcHqU2BQ/s400/THEGameOfTheirLives_thumb.jpg" width="400" /></a></div><br />
Outro dia estava pulando "de galho em galho" entre os canais de filmes na tevê, e me deparei com um filme americano sobre a Copa de 1950 no Brasil. Mais precisamente, sobre a participação dos heróis (isso mesmo, todo filme médio americano tem seus heróis, seus exemplos de superação e patriotismo etc, como nós todos sabemos...) da seleção norte-americana no jogo contra os tradicionais ingleses. Àquela altura, apesar do poderio sul-americano, os britânicos eram os donos da bola. A julgar pelas informações do filme, eles se deram ao luxo de deixar alguns titulares em casa, mas ou menos como faria uma seleção de basquete americana que fosse disputar um título mundial.<br />
O filme (se não me engano se chama "O jogo das suas vidas" ou algo assim, acho que o título é outro em português) retrata a seleção como um grupo de amadores que irá defender as cores do seu país por puro patriotismo. Nem uniforme eles têm. O futebol, que eles chamam de <i>soccer</i> em oposição ao <i>football</i>, que para eles é outra coisa, não era, na época, nem um pouco conhecido ou valorizado por lá. Até hoje, ainda é coisa de negros e latinos, imaginem.<br />
Bem, a verdade é que os <i>yankees </i>bateram os bretões por um a zero, numa das maiores surpresas de todas as Copas, só superada pela vitória da Coréia do Norte sobre a Itália em 1966.<br />
O duelo volta a se repetir daqui a alguns dias nesta Copa. Aí, fico aqui pensando com meus botões: e se a história se repete, com os ingleses virando fregueses de caderneta? O jogo que entrou para a história em Belo Horizonte completa sessenta anos.<br />
A Inglaterra está muito forte para esta Copa; é uma das favoritas. Mas os americanos também evoluíram muito a partir de lá. E, a cada nova Copa, dão mais trabalho. É só lembrar o sufoco que passamos com eles em 94.<br />
É, vai ser um jogo bom de se ver, mesmo com caneladas e chutões. Esse eu não quero perder...Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-46866654330431656002010-05-07T17:15:00.000-07:002010-05-07T17:15:14.376-07:00Futebol que não acaba mais...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqMUpB7VMC8A6vLok-cWYdUR9ndYdo6BngOGMI7Xt62qlSULhWLKv0m8duoNqdcZhtUjZukGmdX8OVGWj1xtR595O2tcK0JIO5F2ICiMAzcDPovzsuZkGBfwcSS5mh1V6RtIZKIYRx_Ac/s1600/febem_abre.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqMUpB7VMC8A6vLok-cWYdUR9ndYdo6BngOGMI7Xt62qlSULhWLKv0m8duoNqdcZhtUjZukGmdX8OVGWj1xtR595O2tcK0JIO5F2ICiMAzcDPovzsuZkGBfwcSS5mh1V6RtIZKIYRx_Ac/s320/febem_abre.jpg" tt="true" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Noite de sexta-feira. Enquanto me recupero de uma pequena cirurgia na boca, resolvi navegar um pouco na web. Quase todos os sites falam a respeito dos campeonatos em andamento. A Libertadores vai se afunilando. A Copa do Brasil já está só por quatro sobreviventes (Santos, Grêmio, Vitória e o surpreendente Atlético Goianense). E a Copa do Mundo está aí, agigantando-se aos nossos olhos. As copas européias também estão às portas da decisão...</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Além disso, amanhã começa a série A do Brasileirão.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Então, o que mais faltava?</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Pois não é que ainda tinha mais bola pra rolar?</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Na série B, a briga está começando hoje. Bahia, Portuguesa, América de Minas, Vila Nova, Bragantino, Ponte Preta... todos estão em campo, em quatro jogos. Isso para falar apenas dos times de tradição.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">É, acho que depois da Copa não vamos poder nem ouvir falar em futebol...</div>Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-61213504753066784922010-04-27T15:23:00.000-07:002010-04-27T15:23:09.208-07:00Cáxara de fórfi<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhleGB5H8VbUVazDMlEqVFlxA6F5daSs0YCHuPgsvo6AQwaMtcTj03a8jzxJKwxFP2KTeSXnD7ldEeVGep2cEAbeIjQOVOfdFZvre1PKruMVbtexhIAz5FEJojn6827PhyphenhyphenNWmtEkSh91xg/s1600/caxaradeforfi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhleGB5H8VbUVazDMlEqVFlxA6F5daSs0YCHuPgsvo6AQwaMtcTj03a8jzxJKwxFP2KTeSXnD7ldEeVGep2cEAbeIjQOVOfdFZvre1PKruMVbtexhIAz5FEJojn6827PhyphenhyphenNWmtEkSh91xg/s400/caxaradeforfi.jpg" tt="true" width="400" /></a></div>A charge desta vez vem do blog piracicabano Cáxara de Fórfi, cujo nome é uma brincadeira com o sotaque característico da região, orgulho do interior paulista. No embalo da boa fase do XV de Piracicaba, um dos clubes mais tradicionais do estado, o cartunista (já nosso conhecido) André deita e rola nas charges. Mesmo quando, no caso acima, as coisas não correram conforme o esperado diante de outra leganda do futebol paulista interiorano, a Ferróviária de Araraquara. O endereço é <a href="http://www.caxaradiforfi.blogspot.com/">http://www.caxaradiforfi.blogspot.com/</a> . Boa diversão.Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-65485806958815968932010-04-27T15:12:00.000-07:002010-04-27T15:12:39.569-07:00A guerra dos Tablets<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6vStaSYsl4emXzWhdxHopdXu3U_qSw9984NUyh-Mk6E7gSPWiBZ7KD1kkFDMD4Q6BxIGVhfnWHtJgFp1VacuFxMrWEcqZIUkdlcAAuQXgLWJWo2H07Nd9-ZVsVOGCwObSXazSl97uEWs/s1600/asuseeepad.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6vStaSYsl4emXzWhdxHopdXu3U_qSw9984NUyh-Mk6E7gSPWiBZ7KD1kkFDMD4Q6BxIGVhfnWHtJgFp1VacuFxMrWEcqZIUkdlcAAuQXgLWJWo2H07Nd9-ZVsVOGCwObSXazSl97uEWs/s400/asuseeepad.jpg" tt="true" width="400" /></a></div>Pois é. Estava demorando mesmo para acontecer. A ASUS anunciou que vai colocar no mercado um tablet (Eee Pad) para concorrer com o iPad, da Grande Maçã, a febre do momento. Ninguém fica indiferente ao novo brinquedo da Apple: ou ama ou odeia. Mas parece que a tendência veio mesmo para ficar. E antes que iPad vire sinônimo de tablet... apareceu um pequeno rival para participar da brincadeira. O preço anunciado? os mesmos U$ 500 do modelo mais barato do iPad (16 GB). Porém, a configuração do novo participante da briga ainda não foi difundida...<br />
Será que a coisa pegou mesmo...?Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-5701335566645355932010-03-07T12:03:00.000-08:002010-03-07T12:03:18.699-08:00Envergonhado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs4XB3u0meDyQ7QFTBugxeoWbvW4G5JhruPt2N_ZfLEz1Zu7-WCLGu2FU7hczgJMDshONnPSnFJUjIXEua07PS940GJYAGkulD9r4GXoecVqHuv-en8pC29vsYbfavbQ31PNqR_p_Lk4A/s1600-h/amanuense3ix.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs4XB3u0meDyQ7QFTBugxeoWbvW4G5JhruPt2N_ZfLEz1Zu7-WCLGu2FU7hczgJMDshONnPSnFJUjIXEua07PS940GJYAGkulD9r4GXoecVqHuv-en8pC29vsYbfavbQ31PNqR_p_Lk4A/s320/amanuense3ix.jpg" /></a></div>Seria uma boa frase da semana, se não fosse a do ano. Ou talvez da década. Pois não é que o nosso pobre e saudoso ex-governador Joaquim Roriz ficou envergonhado com os escândalos envolvendo o atual governo do DF, e alguns parlamentares das nossas paragens? Verdade! Quem quiser duvidar, que leia novamente:<br />
"<span style="color: purple; font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>É tão vergonhoso, é tão escandaloso, e eu fico numa indignação, eu fico numa vergonha</strong></span>." Poxa, mas esse nosso Arruda é mesmo porreta. Mexeu até mesmo com os brios do nosso já tão abalado ex-governador... Imaginem, ele, que há não muito tempo precisou até mesmo renunciar ao seu mandato, agora passar por uma vergonha dessas?!<br />
Isso não se faz, doutor Arruda!<br />
Fico imaginando nosso bom e tão comovido ex-governador, ex-senador e tudo o mais, chegando às lágrimas com a vergonha da corrupção, do mar de lama, da desfaçatez, das improbidades administrativas...<br />
Logo nosso Roriz, tão... distante de tudo isso! Logo ele será forçado a repetir a frase indignada que proferiu em seu discurso de despedida na tribuna do Senado: "Em que tempos nós estamos!".<br />
Como já dizia Cícero, em outro Senado há cerca de dois mil anos de distância (mas como soa atual...!) : "<em><span style="color: blue;"><strong>O tempora! O mores!</strong></span></em>".Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-89423304943079372032010-02-26T15:47:00.000-08:002010-02-26T15:48:06.533-08:00Carnaval<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx1WVVG8igGqoGVqdlDzq8VrsddcXvk5H-aqo6iUTc8GE26UolFAjMv5RZbUhU3MyLS7rjiDzDqyVOJJ_3IY1tdZj21o9wq1XR7nOMOqHBM15j5I-WIjC_dqBXh2qXdaxh0kSwKbAdBBQ/s1600-h/carnaval_jean.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx1WVVG8igGqoGVqdlDzq8VrsddcXvk5H-aqo6iUTc8GE26UolFAjMv5RZbUhU3MyLS7rjiDzDqyVOJJ_3IY1tdZj21o9wq1XR7nOMOqHBM15j5I-WIjC_dqBXh2qXdaxh0kSwKbAdBBQ/s400/carnaval_jean.jpg" width="325" /></a> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Mesmo quem não gosta da folia, há de concordar que o Carnaval é uma festa com muitos adeptos. Oportunidade para muitos temas e criações. O mundo inteiro se volta para o Brasil, com seus desfiles, mulheres bonitas, música, alegria... bem, mas chega de teorizações.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Eu já havia me esquecido do carnaval, quando dei de cara com este cartum no site do Pablo Carranza (ver logo abaixo). O desenho é do Jean (Pablo, eu não sei muito mais do que isso...!), que mostra ser um artista de primeira, apesar da pouca informação a seu respeito. Não só pelo traço, mas pelo talento de mostrar, em uma cena, toda a malícia, a sensualidade, a picardia e a gaiatice do espírito do carnaval. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Ou seja, incorporei mais um cartum alheio. Mas não podia deixar de ser, apesar de o carnaval já haver passado. Foi uma homenagem ao talento do artista. Parabéns!</div>Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-82656377544894070792010-02-25T14:17:00.000-08:002010-02-25T14:18:05.635-08:00GRAFITTI<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNbBnxhTJKGGKWE5C_C3PceU-lU7QssXHGEktojeawq-smdsTRUA8zyZCbjjqiHvYUiamD3-HTJqbOv-jvDlEJ5J8sj-0xKoJMq0I2q_QdE4-GTnFMTcQDdWgEBnFjv8lds71NT2fWATI/s1600-h/muro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNbBnxhTJKGGKWE5C_C3PceU-lU7QssXHGEktojeawq-smdsTRUA8zyZCbjjqiHvYUiamD3-HTJqbOv-jvDlEJ5J8sj-0xKoJMq0I2q_QdE4-GTnFMTcQDdWgEBnFjv8lds71NT2fWATI/s320/muro.jpg" width="298" /></a><br />
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<div style="text-align: justify;">O poema abaixo, de autoria de Paulo Leminski, foi grafitado numa parada de ônibus da Asa Norte, aqui em Brasília. Ninguém pode duvidar do bom gosto e do espírito de luta do autor (da obra visual). Quanto ao saudoso Leminski, esse dispensa comentários...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Cansei da palavra polida</div>por anjos de cara pálida<br />
palmeiras batendo palmas<br />
ao passarem paradas.<br />
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Agora eu quero a pedrada<br />
chuva de pedra palavras<br />
distribuindo pauladas.Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-3493603705321673562010-02-25T06:20:00.000-08:002010-02-25T14:26:58.046-08:00Eis que desapareci por uns tempos...Começo lembrando um velho e saudoso amigo de Itapeva, o Celso Vasconcelos. Bem-humorado, excelente piadista. Ele dizia que piada tem época, tem fase propícia. Aí elas brotam do chão, do ar, dos céus, das águas... Às vezes a safra seca. Ou falta tempo. Ou mesmo o tal espírito da época.<br />
Pois bem. Se estivesse entre nós, e consequentemente antenado com nosso tempo, talvez dissesse o mesmo dos blogs. Os posts às vezes parecem jorrar aos borbotões com idéias, tiradas, imagens, fotos... E às vezes, é uma seca danada. Foi o que aconteceu aqui com esta popular e humilde tribuna, e seu condutor.<br />
Apesar de estar em férias, andei afastado destas páginas "manuscritas".<br />
Agora, volto, e com uma sugestão. O blog do Pablo Carranza está cada vez melhor. Tiras, desenhos, traços surpreendentes. Olha aí uma das últimas do garoto, a respeito do BBB. Logo para o meu amigo Maximiano Moreira, aficcionado pelo Big Brother do Plim-plim...<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9sNUkOBWvXQCoTKnsNXPj5K0oMwjhQhcIV4gOsBWdpu84gWHeaoBtAP0NzfdN5v6z5XCM8HL3DiC7ObNMcXMyFYkVKMl3XaqfMA8efRnIRoSEFD_McpMcTZyJxnRXbSvaRPPp0dtre0o/s1600-h/bbb+-+carranza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="350" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9sNUkOBWvXQCoTKnsNXPj5K0oMwjhQhcIV4gOsBWdpu84gWHeaoBtAP0NzfdN5v6z5XCM8HL3DiC7ObNMcXMyFYkVKMl3XaqfMA8efRnIRoSEFD_McpMcTZyJxnRXbSvaRPPp0dtre0o/s400/bbb+-+carranza.jpg" width="400" /></a></div>O Pablo Carranza é um cartunista premiado, e seu blog fica em <a href="http://www.pablocarranza.com/">http://www.pablocarranza.com/</a> <br />
Até a próxima.<br />
Em tempo: melhor não falar nada sobre os sustos, a tensão e a estréia nervosa do Timão na Libertadores 2010...Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-17406514997171498262009-12-10T05:51:00.000-08:002009-12-10T05:51:01.038-08:00Leituras de final de ano<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZjL6akakSZQnWtyueIifbg2dABZzu2pGEHJYu6KkK8xMzKpF-lzL6HOyvgZMP2yPyKkJE_TBGX2v9YbNhAh4B29tZZWqmLKxQTPrubGXcn7VVhpzpKUujGFBWJue3ANkZupjD2JKKVdU/s1600-h/espi%C3%B5es_lfv.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ps="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZjL6akakSZQnWtyueIifbg2dABZzu2pGEHJYu6KkK8xMzKpF-lzL6HOyvgZMP2yPyKkJE_TBGX2v9YbNhAh4B29tZZWqmLKxQTPrubGXcn7VVhpzpKUujGFBWJue3ANkZupjD2JKKVdU/s320/espi%C3%B5es_lfv.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Por uma dessas razões imponderáveis da vida, em meio a tantas correrias de final de ano, consegui ler alguma coisa interessante. Por exemplo, outro livro do John Fante, de quem havia apreciado o "1933 foi um ano ruim" (vide comentário no arquivo de posts anteriores). Desta vez foi "Pergunte ao pó", publicado em vida (se não me engano, a edição de 1933 é póstuma). Tido como seu principal livro, ele soa denso e nervoso, às vezes quase brutal. Porém, parece ter um ritmo espontâneo, não marcado previamente, não estudado. Os episódios vão se sucedendo dentro de uma trama banal, que acompanha o candidato a escritor Arturo Bandini (protagonista também em outro livro) em uma desastrada evolução (<em>ou não...</em>) na busca da realização profissional e amorosa.<br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">No início, temos a impressão de que a história não quer engrenar. Episódios banais, mesmo os primeiros desencontros com a garçonete mexicana Camilla, soam artificiais e fora do tom. Depois, vai ganhando intensidade, e nos flagramos acompanhando o destino das personagens. Bukovski dizia que Fante era (é) um escritor que não tem medo das emoções. O livro parece confirmar isso, em seu estilo irregular de narrativa e escrita. Ao final, deixa um gosto amargo na boca do leitor. Afinal, o que restou além da loucura e da miséria das personagens...?<br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Depois, fui conhecer o lançamento do Veríssimo, "Os Espiões". Incrível como, para nosso deleite, sua maneira de escrever textos mais longos vai se cristalizando. Eu o li depois de uma aventura não tão bem sucedida com "A décima segunda noite", uma comédia inspirada em Shakespeare ("Noite de Reis"), onde o narrador é um papagaio que conhece Flaubert e cita o próprio autor de "Romeu e Julieta", mora em Paris e está a caminho da morte.<br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O livro mais recente, no entanto, é leve e tem um ritmo delicioso. A trama, muito engraçada, fisga o leitor desde a primeira página, a exemplo dos policiais, e de seus primos mais distantes, os romances de espionagem. Um mau-humorado e etílico funcionário de uma pequena editora recebe uma correspondência misteriosa, de uma candidata a escritora que está escrevendo sobre sua própria vida. E no final, promete suicidar-se. Mora em uma cidade pequena e desconhecida, no interior do Rio Grande. Obviamente, o protagonista e seus amigos irão se envolver com a situação e encetar uma desastrada aventura rumo à cidadezinha de Frondosa e seus malucos habitantes.<br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Bem, já valeu o dezembro...<br />
</div>Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8916347153618846714.post-22561818685478934562009-11-19T05:09:00.000-08:002009-11-19T05:23:41.007-08:00Tugas, Franceses e Eslovenos vão à Copa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX15MPaAbZ5NhdAviFvLGLT_im5FujWeUjcSTZ5SDGu7NdVoxDsAJyJtq_xQH7AYZmRrtYpXKFVursoStKP8t6qiZp7KrHaL7zm9_G7yMadq8_tUncHc3xvbyXlzUEhciZsKErEd4JHlI/s1600/Henry+com+a+m%C3%A3o.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX15MPaAbZ5NhdAviFvLGLT_im5FujWeUjcSTZ5SDGu7NdVoxDsAJyJtq_xQH7AYZmRrtYpXKFVursoStKP8t6qiZp7KrHaL7zm9_G7yMadq8_tUncHc3xvbyXlzUEhciZsKErEd4JHlI/s320/Henry+com+a+m%C3%A3o.bmp" yr="true" /></a><br />
</div>Ontem foi fechado o grupo de países que irão à Copa da África do Sul. A gente acaba torcendo por este ou por aquele país, devido àquelas nossas paixões encalacradas e simpatias menos explícitas. Torci pela pequena Eslovênia contra a gigante Rússia. Os surpreendentes eslovenos foram os corajosos pioneiros na separação da Iugoslávia. Adoram futebol. Tanto que o primeiro-ministro, cumprindo promessa, engraxou as chuteiras dos seus heróis ainda no vestiário. O que classificou o país, na verdade, foi o gol marcado no jogo de ida, na casa do inimigo. E assim, essa geração eslovena vai criando uma tradição para o país.<br />
Teremos um companheiro de língua portuguesa na Copa, os Tugas, d´Além-mar. Mas confesso que apesar da irmandade e dos três ex-corintianos na seleção (Deco, Liedson e Pepe), torci para a Bósnia. Foi o país que mais sofreu no mesmo conflito iugoslavo. Além disso, tem uma equipe rápida e com um ataque forte. Faltou ali o Ibrahimovic, que desde algum tempo optou por jogar com os suecos, que também ficaram fora da Copa.<br />
O Uruguai, ex-campeão, conseguiu passar pela repescagem. Ótimo para o prestígio da nossa América do Sul no esporte.<br />
E eu, claro, não iria torcer pelos nossos carrascos franceses. A Irlanda é um time valente e muito mais simpático. Porém, em Paris, a França tratou de usar o garfo para carimbar o passaporte. Na foto acima pode-se ver a mão enorme do Henry conduzindo a pelota, para a vista grossa do árbitro. É por isso que, da mesma maneira que eu defendo pontos corridos para os grandes campeonatos regionais e estatudais (mata-matas só em copas, jamais em campeonatos), eu clamo por ARBITRAGEM ELETRÔNICA. Chega de Simons, Aragões e Zé Aparecidos, que ditam o resultado de jogos e campeonatos.<br />
Por último, a Grécia conquistou sua vaga heroicamente, jogando com chuva e a cinco graus abaixo de zero em Donetsk, na Ucrânia. E vencendo na casa do inimigo.<br />
É, essa Copa promete...Carlos Augusto Segatohttp://www.blogger.com/profile/16961377577969395126noreply@blogger.com0